Sobre os Jungle
Sim, estamos em Outubro, e quase no fim, é uma verdade. E secalhar teria sido mais pertinente ter voltado a falar sobre os Jungle algures em Agosto quando saiu o álbum homónimo da banda de Londres, e depois de eles terem vindo ao NOS Alive deste ano (e, segundo quem viu, terem dado um excelente concerto).
Mas, como isso não aconteceu este é o tempo de analisar Jungle, o tal album, especialmente depois da onda disco/funk que os Daft Punk desencadearam e que fez com que, os sons Disco fossem o novo Pop.
A grande diferença, para mim, entre os Jungle e o resto do mundo é que sim, podemos, claro, ver as influencias do tal Disco e do tal Funk dos anos 70. Óbvio. MAS, isso aqui acontece com uma nova roupagem dada aos mesmos, muito mais down tempo e muito mais moderna, e sem qualquer colagem ao passado. O que, a bem dizer da verdade, depois dos Daft Punk, não acontece em mais lado nenhum.
Jungle começa então com "Drops" a musica que menos me leva aos anos 70 de todo o álbum, e a minha preferida, com todas as suas harmonias vocais e o baixo, muito mais intimista e melódica do que qualquer outra. O sampler das próprias gotas (como todos os outros que aparecem no álbum) tornam esta musica mágica e muito mais do que uma musica de chill out.
No mesmo alinhamento aparecem "Smoking Pixels" e "Luckily I Got What I Want", com guitarras sublimes que nos abrem portas para outras dimensões, sempre de um modo mais intimista e moderno do que qualquer outro som que tenhamos ouvido, e sem nunca abandonar o modo quase cinematografico que eu acho que caracteriza a banda.
Claro que Jungle traz também musicas que já andavam a rolar nos iPods desde o ano passado, como "Time", e de que eu já falei aqui, que foram aquele puxar de gatilho contra a tal onda Disco de que eu já falei a bocado.
"Julia", com o seu ritmo mais acentuado e a sua tendencia mais R&B (e, porque não, mais street?), abre alas para "Son of a Gun" com o seu som mais leve e livre e para "Lemonade Lake" que, para mim, foi a musica perfeita dos fins de tarde de verão e uma das minhas preferidas do algum desde o inicio.
Sim, porque, para mim, os Jungle são muito mais interessantes ao nivel da melodia e do uso dos sintetizadores e enquanto colectivo, do que enquanto letristas. Nos Jungle ganha sempre o som, ganha a coragem do "fazer o novo", sem nunca esquecer o passado.
Se um segundo hipotético álbum vai ser assim?
A ver vamos. Se isto é para continuar ou se o projecto vai ser como tantos outros e se vai "só" desfazer no ar. Não se sabe.
A minha aposta?
Acho que se vai transformar. Até porque, como o próprio Disco Sound não é eterno e tem duração muito limitada, tendo sempre a tendência de se transformar em Funk. E esse sim, pode ser muito interessante sempre.
Aquilo que eu espero é que continue.
Até porque, para previsões temos sempre as dos senhores da Meteorologia. E essas, normalmente, são sempre um "tiro" ao lado.
Mas, como isso não aconteceu este é o tempo de analisar Jungle, o tal album, especialmente depois da onda disco/funk que os Daft Punk desencadearam e que fez com que, os sons Disco fossem o novo Pop.
A grande diferença, para mim, entre os Jungle e o resto do mundo é que sim, podemos, claro, ver as influencias do tal Disco e do tal Funk dos anos 70. Óbvio. MAS, isso aqui acontece com uma nova roupagem dada aos mesmos, muito mais down tempo e muito mais moderna, e sem qualquer colagem ao passado. O que, a bem dizer da verdade, depois dos Daft Punk, não acontece em mais lado nenhum.
Jungle começa então com "Drops" a musica que menos me leva aos anos 70 de todo o álbum, e a minha preferida, com todas as suas harmonias vocais e o baixo, muito mais intimista e melódica do que qualquer outra. O sampler das próprias gotas (como todos os outros que aparecem no álbum) tornam esta musica mágica e muito mais do que uma musica de chill out.
No mesmo alinhamento aparecem "Smoking Pixels" e "Luckily I Got What I Want", com guitarras sublimes que nos abrem portas para outras dimensões, sempre de um modo mais intimista e moderno do que qualquer outro som que tenhamos ouvido, e sem nunca abandonar o modo quase cinematografico que eu acho que caracteriza a banda.
Claro que Jungle traz também musicas que já andavam a rolar nos iPods desde o ano passado, como "Time", e de que eu já falei aqui, que foram aquele puxar de gatilho contra a tal onda Disco de que eu já falei a bocado.
"Julia", com o seu ritmo mais acentuado e a sua tendencia mais R&B (e, porque não, mais street?), abre alas para "Son of a Gun" com o seu som mais leve e livre e para "Lemonade Lake" que, para mim, foi a musica perfeita dos fins de tarde de verão e uma das minhas preferidas do algum desde o inicio.
Sim, porque, para mim, os Jungle são muito mais interessantes ao nivel da melodia e do uso dos sintetizadores e enquanto colectivo, do que enquanto letristas. Nos Jungle ganha sempre o som, ganha a coragem do "fazer o novo", sem nunca esquecer o passado.
Se um segundo hipotético álbum vai ser assim?
A ver vamos. Se isto é para continuar ou se o projecto vai ser como tantos outros e se vai "só" desfazer no ar. Não se sabe.
A minha aposta?
Acho que se vai transformar. Até porque, como o próprio Disco Sound não é eterno e tem duração muito limitada, tendo sempre a tendência de se transformar em Funk. E esse sim, pode ser muito interessante sempre.
Aquilo que eu espero é que continue.
Até porque, para previsões temos sempre as dos senhores da Meteorologia. E essas, normalmente, são sempre um "tiro" ao lado.
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