Como subir aos Himalaias? Com os Band of Skulls, claro
Pois que hoje é dia para falar de Himalayan, uma viagem ao mundo das guitarras e do rock, proporcionada pelos Band Of Skulls, que saiu algures no fim de Março e que mora no iPod desde aí.
Himalayan é o terceiro disco da banda, que é aquela banda que toda a gente sabe qual é se eu disser que as musicas deles aparecem em varias bandas sonoras de séries (desde a Anatomia de Grey aos Diários de um Vampiro, por exemplo...),anúncios publicitários e de jogos de PC, mas especialmente se eu disser que são aqueles que fizeram aquela musica que se chama "Say What You Want." Pois. Esses mesmos.
Podíamos dizer também, que eles são uma espécie de banda com um som que anda algures entre o indie e o rock, que não estávamos a dizer asneira nenhuma.
Mas dos Band of Skulls, o melhor que há a dizer é que eles tem o som deles e o de mais ninguém.
Assim, quando saiu Himalayan, e mesmo sabendo que era o terceiro disco da banda, e que a coisa às vezes muda de figura conforme vão saindo os álbuns e as bandas vão tomando outros caminhos, tudo aquilo que vinha lá dentro não me decepcionou. Ou então, nem chegava a ser tema de conversa.
E digo ainda que tem sido uma excelente companhia de viagem durante o verão, e que me parece que não vá sair do iPod tão cedo, nem depois de já ter passado tanto tempo, e nem com o Outono, que resolveu (finalmente!) começar a chegar.
Eu acho que uma das características principais do som dos Band of Skulls, e mais precisamente de Himalayan é que eles fazem "som de mexer os pés", ou seja, quando começa a tocar o álbum, não há forma de eu parar de mexer o pezinho ao som de musicas (muito) consistentes e com um grande instrumental, como podemos ver em "Asleep from the Wheel", "Toreador" e em "Himalayan" (a musica que dá nome ao álbum e que é também uma das minhas preferidas).
Refrães fortes e "grudentos", sempre acompanhados de forma soberba pela bateria de Matt Hayward, que brilha sem roubar a cena a ninguém.
Emma Richardson e Russel Marssean, as caras dos Band of Skulls, mostram ao longo de todo o álbum uma cumplicidade genial, e são a verdadeira razão das musicas serem o que são e terem a força que tem: melodias simples e letras fortes. E vice-versa. Tudo com aquele travo meio old school, daquele tempo em que se fazia musica sem ter o objectivo básico de ser comercial.
Musicas curtas e concisas (como eu mais gosto), com um toque quase sinfónico às vezes, que traz a lembrança os Muse dos primeiros álbuns.
Em "Hoochie Coochie" (outra das que toca mais cá em casa), "Heavens Key" ou em "Brothers and Sisters" há qualquer coisa mais blues, mas muito dançável, mais a tender para o som psicadelico dos anos 70, sem nunca sequer pretender lá chegar (conseguindo o seu objectivo em pleno).
Mas não, desengane-se quem achar que o álbum é todo assim.
Claro que há momentos muito mais intimistas e mais pesadinhos, como em "I Guess I Know You Fairly Well", onde somos levados pela voz de Russel até a um refrão brutal, ou em "I Feel Like Ten Men, Nine Dead and One Dying" onde vem aquele som delicioso e melancólico que a mim me faz sempre lembrar os filmes do Tarantino, com todo o dramatismo que estas coisas tem que ter e naquele registo em que eu dou por mim a pensar: "há coisas que são mesmo muito boas."
Claro que, quando se ouve "Cold Sweat", "Get Yourself Together" ou "You're All Tham I'm Not", somos levados por Emma (sempre com a ajuda preciosa de Russel, claro) e pelo seu tom meio "negro" que nos embala em canções de amor. Mas não naquelas musicas de amor e ponto final. Não. Naquelas em que damos por nós a pensar. E que transformam uma musica num dos melhores momentos de um álbum inteiro, por exemplo.
E, quase a chegar ao fim, não há como não falar na qualidade instrumental de Himalayan, mais perceptivel, secalhar, em "Nightmares", onde os Band of Skulls nos voltam a brindar com um poder contido na letra genial, que, sem eu querer, me leva aos Arcade Fire, por momentos, até porque não me parece nada que eles queiram lá chegar.
Podíamos dizer também, que eles são uma espécie de banda com um som que anda algures entre o indie e o rock, que não estávamos a dizer asneira nenhuma.
Mas dos Band of Skulls, o melhor que há a dizer é que eles tem o som deles e o de mais ninguém.
Assim, quando saiu Himalayan, e mesmo sabendo que era o terceiro disco da banda, e que a coisa às vezes muda de figura conforme vão saindo os álbuns e as bandas vão tomando outros caminhos, tudo aquilo que vinha lá dentro não me decepcionou. Ou então, nem chegava a ser tema de conversa.
E digo ainda que tem sido uma excelente companhia de viagem durante o verão, e que me parece que não vá sair do iPod tão cedo, nem depois de já ter passado tanto tempo, e nem com o Outono, que resolveu (finalmente!) começar a chegar.
Eu acho que uma das características principais do som dos Band of Skulls, e mais precisamente de Himalayan é que eles fazem "som de mexer os pés", ou seja, quando começa a tocar o álbum, não há forma de eu parar de mexer o pezinho ao som de musicas (muito) consistentes e com um grande instrumental, como podemos ver em "Asleep from the Wheel", "Toreador" e em "Himalayan" (a musica que dá nome ao álbum e que é também uma das minhas preferidas).
Refrães fortes e "grudentos", sempre acompanhados de forma soberba pela bateria de Matt Hayward, que brilha sem roubar a cena a ninguém.
Emma Richardson e Russel Marssean, as caras dos Band of Skulls, mostram ao longo de todo o álbum uma cumplicidade genial, e são a verdadeira razão das musicas serem o que são e terem a força que tem: melodias simples e letras fortes. E vice-versa. Tudo com aquele travo meio old school, daquele tempo em que se fazia musica sem ter o objectivo básico de ser comercial.
Musicas curtas e concisas (como eu mais gosto), com um toque quase sinfónico às vezes, que traz a lembrança os Muse dos primeiros álbuns.
Em "Hoochie Coochie" (outra das que toca mais cá em casa), "Heavens Key" ou em "Brothers and Sisters" há qualquer coisa mais blues, mas muito dançável, mais a tender para o som psicadelico dos anos 70, sem nunca sequer pretender lá chegar (conseguindo o seu objectivo em pleno).
Mas não, desengane-se quem achar que o álbum é todo assim.
Claro que há momentos muito mais intimistas e mais pesadinhos, como em "I Guess I Know You Fairly Well", onde somos levados pela voz de Russel até a um refrão brutal, ou em "I Feel Like Ten Men, Nine Dead and One Dying" onde vem aquele som delicioso e melancólico que a mim me faz sempre lembrar os filmes do Tarantino, com todo o dramatismo que estas coisas tem que ter e naquele registo em que eu dou por mim a pensar: "há coisas que são mesmo muito boas."
Claro que, quando se ouve "Cold Sweat", "Get Yourself Together" ou "You're All Tham I'm Not", somos levados por Emma (sempre com a ajuda preciosa de Russel, claro) e pelo seu tom meio "negro" que nos embala em canções de amor. Mas não naquelas musicas de amor e ponto final. Não. Naquelas em que damos por nós a pensar. E que transformam uma musica num dos melhores momentos de um álbum inteiro, por exemplo.
E, quase a chegar ao fim, não há como não falar na qualidade instrumental de Himalayan, mais perceptivel, secalhar, em "Nightmares", onde os Band of Skulls nos voltam a brindar com um poder contido na letra genial, que, sem eu querer, me leva aos Arcade Fire, por momentos, até porque não me parece nada que eles queiram lá chegar.
Então e o que dizer disto, assim mesmo mesmo no fim que ainda não tenha dito?
Uma opinião que eu sei que é um bocadinho controversa, mas que é a minha: os Band of Skulls são aquela brisa boa num universo de bandas rock que passaram a ser mais das massas e menos fiéis a si próprias. São donos daquele som que, podia, tal como aconteceu com os Arcade Fire, ou os Muse, passar na radio, mas que continuava a ser aquela banda que muito poucos entendem a não ser se e quando tiverem hype. E eu? Eu vou esperar que isso não aconteça. Até porque como, como eles há poucos, como diria a minha avó: "No que é bom, não se mexe."
Uma opinião que eu sei que é um bocadinho controversa, mas que é a minha: os Band of Skulls são aquela brisa boa num universo de bandas rock que passaram a ser mais das massas e menos fiéis a si próprias. São donos daquele som que, podia, tal como aconteceu com os Arcade Fire, ou os Muse, passar na radio, mas que continuava a ser aquela banda que muito poucos entendem a não ser se e quando tiverem hype. E eu? Eu vou esperar que isso não aconteça. Até porque como, como eles há poucos, como diria a minha avó: "No que é bom, não se mexe."
"... Say that you know, the path that you're gonna walk to be free, throw your hands up, kick back your heels and dance to the beat..." em Himalayan.
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