Pe-Ahi, ou o album novo dos Raveonettes.

Hoje é dia de rumar à Dinamarca.
Vou falar dos The Raveonettes, não é de outra coisa qualquer.
Falar de indie rock, ou garage rock ou do que quer que lhe queiram chamar. Falar de harmonias urbanas, com ruídos, de vocalizes, de ritmos com tendência para o shoegaze e de musica boa, daquela que lembra os Sonic Youth e os Jesus and Mary Chain.

Vou falar de Pe-Ahi, o setimo album dos Raveonettes, que não é em nada parecido com Observator de que falei aqui. Facto.



Os Raveonettes, a dupla magica que interage com mestria e cria ritmos e sons mesmo muito urbanos, letras fascinantes e, principalmente, com um registo inconfundível. como se todas as peças (que se analisássemos em separado) fossem muito boas, mas, se tornassem ainda melhores quando. e assim que as analisássemos juntas. Dois bons exemplos disso são "Killer in the Streets" e "Summer Ends", onde podemos ter melhor esta noção, ou talvez, ver isto tudo em pormenor.



Pe-Ahi é um álbum completo. Ou, pelo menos é um álbum onde aparecem as diferentes facetas dos Raveonettes, umas mais calmas e menos pesadas (como em "Wake Me Up"), ou "The Rains of May" onde se tem a percepção de que sim, são eles mesmos, mas num registo muito menos característico e novo.



Claro que, há muitas memorias sonoras associadas a Pe-Ahi, umas dos Jesus and Mary Chain ou dos Sonic Youth, como eu já disse, e outras que me remetem ao cinema, e, a mim em particular, aos filmes de Sofia Coppola, só porque não consigo não achar que "Kill!", "When The Night is Almost Done" ou "Z-Boys" encaixariam nos seus filmes como uma luva.


Pe-Ahi é, para mim, um álbum de imagens e de palavras: das palavras dos Raveonettes às imagens que se criam quando o ouvimos. Diferente? Sim. Mas, sem nunca perder a essência e a magia do dom que eles sempre fizeram melhor.

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