Disco do Dia: "Light Along The Waves", The Wild State
Hoje, o destaque vai para "Light Along The Waves", o disco de estreia dos britânicos The Wild State, que há alguns meses atrás me arrebataram com "Youth" (ler aqui). Ainda hoje, é uma canção assombrosa, marcante, emocionante e capaz de me causar arrepios na espinha de cada vez que a ouço.
As restantes canções do disco não ficam atrás.
"Light Shade" é o primeiro tema, que me envolve com a maravilhosa orquestração da melodia, a sua força, a sua intensidade, um registo vocal algo etéreo. É uma canção mais calma que abre caminho para o uptempo de "Air Runs Out", o single de estreia e uma canção catchy e poderosa, com um ritmo que nos faz querer mexer todos os ossos do esqueleto.
Já "Twisted Words" é (mais) uma canção emocional, que, no início, me leva ao mundo de Bon Iver, sobretudo no que respeita à interpretação vocal (irrepreensível e envolvente) e à harmonia dos instrumentos.
A melodia em "Moons Green" é bonita e faz-me pensar no trabalho orquestral dos The National, ao passo que o uso do vocoder me remete novamente para Justin Vernon. Em "Same Roof", deslumbro-me com o piano, tão delicado e arrebatador, e com o crescendo final, poderoso e tão, mas tão bom.
"Lavender", que no meio da melancolia soa mais colorida que as anteriores, é outro dos temas já conhecidos. Novamente uma criação que mexe com os sentimentos, culminando com um final incrível, cortesia da brass section. Em "Lifeline" é a construção da música que me prende, um espécie de "pára-arranca" que vai criando expectativa para o que vem a seguir. E esse momento chega nos instantes finais, simplesmente arrebatador.
"Lavender", que no meio da melancolia soa mais colorida que as anteriores, é outro dos temas já conhecidos. Novamente uma criação que mexe com os sentimentos, culminando com um final incrível, cortesia da brass section. Em "Lifeline" é a construção da música que me prende, um espécie de "pára-arranca" que vai criando expectativa para o que vem a seguir. E esse momento chega nos instantes finais, simplesmente arrebatador.
Ao ouvir "Pretty Damn Cold", deixo-me levar por mais uma orquestração incrível, daquelas que nos enchem a alma e o coração. A entrada da bateria dá-lhe um colorido especial e puxa pela intensidade. E, mais uma vez, o instrumental final é maravilhoso, o expoente máximo de uma canção que ao vivo deve ser qualquer coisa de extraordinário.
"Fortified" é mais um exemplo da qualidade destes rapazes, e "Rebirth", a última canção, vai-se entranhando a cada escuta. Novamente, o melhor de tudo é o instrumental, que soa ainda mais forte, com guitarras cheias de sentimento. Ao baixo subtilmente marcado e à bateria estrondosa alia-se um trompete delicioso, o que, para mim que me emociono sempre com estas coisas, é algo avassalador.
"Light Along The Shades" é um disco de canções harmoniosas, com instrumentais emocionantes e intensos, letras que nos tocam e vozes que nos envolvem num ambiente quase etéreo. É um registo à medida dos meus ouvidos, que me surpreende e arrepia a cada nova escuta. E os The Wild State são, sem dúvida, um projecto a acompanhar.
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