A folk emotiva de James Walker em "Wild World" (feat. Judy Blank)
Voltamos hoje ao trabalho do britânico James Walker, sobre quem já falámos aqui. O motivo é "Wild World", o seu novo single, que conta com a preciosa participação da holandesa Judy Blank.
"Wild World" é uma canção alt-folk melancólica q.b., a terceira de um conjunto de onze a serem lançadas este ano, espelho das experiências pessoais de James (das relações turbulentas às feridas antigas e o desejo contínuo por estabilidade).
Tal como a Chavininha referiu anteriormente quando falou de "Sane", o trabalho de Walker caracteriza-se por uma voz e uma letra marcantes, sons magnéticos e poderosos, um sentido de urgência e muita intenção.
Aqui, não se fica atrás. A guitarra acústica prende-nos a atenção desde o primeiro acorde, assim como a voz de James nos envolve assim que a ouvimos. O «gancho» é cativante como se quer e, talvez por influência da capa do single, remete-me sempre para planícies rurais e montanhas e rios sem fim. A voz de Judy Blank, mais aguerrida, complementa o ambiente, criando um contraste perfeito.
A forma como a canção vai crescendo e fluindo foi provavelmente o que mais me atraiu. A orquestração, com o seu efeito slow burning, transmite a frustração da letra, mas encontro também uma vontade/necessidade de libertação, sobretudo a partir do minuto 2'. As performances vocais de James e de Judy acompanham essa mudança, soando-me destemidas e inconformadas.
"Wild World" é uma canção cheia de força, contagiante e emotiva, com a energia certa para nos livrarmos da frustração do dia-a-dia. Para ouvir a qualquer hora do dia, sempre que precisarmos de descomprimir.
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