"Daniel And The Apocalypse", ou o lado sombrio de Debris Discs
Debris Discs é o nome do projecto a solo do britânico James Eary, e "Daniel And The Apocalypse" é o seu mais recente single, cujo título foi retirado da obra de Sir Isaac Newton, que acreditava que o mundo iria acabar em 2060 (e a julgar por tudo o que tem acontecido, quem sabe se não terá razão?). É também a primeira parte de um tríptico musical, que explora temas como a esperança e a sobrevivência.
Com isto em mente, não é difícil perceber o porquê do ambiente sonoro tão sombrio, quase "condenado", cortesia de uma fabulosa linha de baixo que, juntamente com camadas de sintetizadores e de percussão, criam uma melodia densa e até tensa, diria eu. Quando a guitarra entra em cena, rompendo tudo isto, soa tão cintilante que nos dá uma sensação de esperança.
Com isto em mente, não é difícil perceber o porquê do ambiente sonoro tão sombrio, quase "condenado", cortesia de uma fabulosa linha de baixo que, juntamente com camadas de sintetizadores e de percussão, criam uma melodia densa e até tensa, diria eu. Quando a guitarra entra em cena, rompendo tudo isto, soa tão cintilante que nos dá uma sensação de esperança.
O embate sonoro vai-se acentuando à medida que a melodia se desenvolve, e ganha um novo fôlego pouco depois do minuto 2', com alguns sintetizadores mais luminosos. Pelo meio, a voz de James, algures entre a resignação e o desassossego, mas deveras envolvente e marcante.
Sente-se o final a chegar ao som das palavras «'til we're dust and bones»... O que se segue são 30 segundos melodicamente irrepreensíveis (e porque não apocalípticos?), de uma intensidade e força tais que me arrepiam de cada vez que a música toca.
"Daniel and the Apocalypse" é uma canção brilhante e sofisticada, que nos consegue transmitir sensações de condenação e de redenção ao mesmo tempo, mostrando-nos que, se o futuro a Deus pertence, mais vale aproveitar todos os momentos do presente. Por isso, carreguem no play e libertem-se dos vossos males.
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