Play & Repeat: Minimal Animal


Começamos esta quarta-feira em Brixton, com Minimal Animal, projecto de Nicholas Alexander, e "Rise", o single de apresentação do seu EP de estreia, "I Thought That We'd Be Happy Here".

"Rise" faz parte daquele leque de canções que me prendeu logo. Só me apetece ouvir e sentir. E não sei bem explicar porquê. Sei que a voz de Nick é melodiosa e cativante, e que soa perfeita aos meus ouvidos. A linha de piano inicial é delicada e se transforma mais tarde num instrumental poderoso e envolvente, que me enche o coração com o seu refrão tão intenso e um ritmo que contagia.


Entretanto, o EP já saiu e nele constam mais 3 canções.
"Happy Here" soa-me mais assertiva, mais «dura», menos romântica e comovente que "Rise". Ao ouvi-la, fico com a sensação que o EP não se faz só de romance, como se cada canção nos mostrasse  os diferentes estados de espírito de uma discussão ou até de uma relação.


O instrumental "Discount", só piano e samplers, aparece delicada e emotiva. Como se fosse aquele momento em que paramos de exaustão e somos abraçados pelo silêncio, e nos encontramos com os nossos pensamentos.

A fechar, a incrível "Not Giving Up", que colou assim que a ouvi. Deixei-me levar pelo instrumental tão maravilhoso, pela forma como a canção vai crescendo, lentamente, com diferentes layers de instrumentos. Deslumbrei-me com a força que ganha por alturas do refrão, um momento apaixonante, e mais ainda quando atinge o expoente máximo. Acontece ao minuto 1:54, com a entrada explosiva do saxofone e da percussão (a cargo de Jonny Poole). Sente-se uma energia imensa, uma intensidade arrebatadora. E aquele final ao piano é perfeito para descomprimir do turbilhão de emoções.


O trabalho de Minimal Animal mexeu com os meus sentidos desde a primeira escuta. Se foi "Rise" que me chamou a atenção para este projecto, foi com "Not Giving Up" que me rendi. É música para os sentidos, para a alma, para o coração. É electrónica com cheirinho a pop em que o destaque maior vai para a orquestração - e provavelmente para a produção de Tim Rowkins (Mura Masa, Maribou State, Two Door Cinema Club) que consegue «apanhar» as emoções e os sentimentos certos.

"I Thought We'd Be Happy Here" emociona-me de cada vez que o escuto. Como já referi no início, é para ouvir (e sentir), e parece-me perfeito para aquelas manhãs preguiçosas.

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