Ao Vivo: Balthazar no Hard Club
Créditos: Chavininha |
24 de Novembro de 2019, Hard Club, Porto. Casa cheia para receber (finalmente) os belgas Balthazar em nome próprio (e deixo já o agradecimento público e sentido à equipa dos Suspeitos by Mr. November pela "proeza").
[Quem me conhece, sabe que há muito que desejava vê-los ao vivo outra vez. Conheci-os em 2013, quando fizeram a primeira parte dos Editors no Coliseu, mas conquistaram-me em 2015, quando lançaram "Thin Walls", disco que me fez ouvir mais atentamente a restante discografia e colocá-los na lista de bandas favoritas. E quando soube que finalmente estariam por cá em nome próprio, não coube em mim de contente.]
A noite era de "Fever", disco lançado no início do ano e que pôs o mundo inteiro a dançar. O alinhamento focou-se, por isso, maioritariamente nas suas canções, mas não deixou de fora algumas mais "velhinhas".
A noite era de "Fever", disco lançado no início do ano e que pôs o mundo inteiro a dançar. O alinhamento focou-se, por isso, maioritariamente nas suas canções, mas não deixou de fora algumas mais "velhinhas".
Foi perfeito. Ou melhor, quase perfeito, porque gostaria de ter ouvido novamente "Lion's Mouth" e umas quantas de "Thin Walls" para me sentir verdadeiramente feliz. (Ainda) Não foi desta, mas o que nos calhou na rifa foi igualmente bom.
"Do Not Claim Them Anymore", canção com ritmo gingão do disco de 2012, "Rats", foi o ponto de partida para um concerto que se tornaria inesquecível. "The Boatman" (de "Applause", 2011) foi a que se seguiu e juntas aqueceram-me o suficiente para receber com toda a energia as canções de "Fever". A sedutora "Grapefruit", a groovy "Wrong Faces", "Watchu Doin'" com o seu jeito R&B e a inspiradora "Wrong Vibration", qual happy song, levaram-me a cantar a plenos pulmões e a balançar o corpo ao ritmo das suas melodias contagiantes.
Créditos: Chavininha |
A emoção era tanta que mal tive tempo para descomprimir.
"Phone Number" chegou sem aviso, desacelerando o ritmo do alinhamento mas deliciando os meus ouvidos com Maarten na voz e uns violinos delicados e acutilantes. "The Oldest Of Sisters" (com o seu trompete maravilhoso) e "Sinking Ship" (intensa e emotiva q.b.) recuperadas de "Rats", antecederam uma performance irrepreensível de "I'm Never Gonna Let You Down Again".
"Phone Number" chegou sem aviso, desacelerando o ritmo do alinhamento mas deliciando os meus ouvidos com Maarten na voz e uns violinos delicados e acutilantes. "The Oldest Of Sisters" (com o seu trompete maravilhoso) e "Sinking Ship" (intensa e emotiva q.b.) recuperadas de "Rats", antecederam uma performance irrepreensível de "I'm Never Gonna Let You Down Again".
A sequência que se seguiu seria totalmente demolidora - uma espécie de fim apoteótico - com "Changes" (que ao vivo soa tão, mas tão melhor do que em disco), "Fever" numa versão extended que tornou o Hard Club numa pista de dança e gerou um dos momentos (mais) altos de comunhão com o público, e "Entertainment", alegre, divertida e descontraída, que leva o público ao rubro e que é uma canção «do caraças» para fechar um concerto.
[Verdade seja dita, a comunhão entre banda e público foi constante ao longo das 16 canções. Ou quase, que eu continuo sem perceber o que leva alguém a deslocar-se a um evento destes para ter «conversas de café» a noite toda.]
Mas ainda faltava o encore, que se fez ao som de "You're So Real", mais uma canção sedutora na voz envolvente de Maarten. Simplesmente arrebatador.
Eis que chega finalmente a representação de "Thin Wall" no alinhamento, com "Bunker", uma das canções maiores do disco de 2015, e que me leva às lágrimas de felicidade. Para o fim, ficou a maravilhosa "Blood Like Wine", de 2010, que pôs toda a gente de sorriso no rosto. Foi cantada em coro, mais uma vez a plenos pulmões, remetendo-me para aqueles finais de concertos à "The National", cheios de emoção e de amor no ar.
[Verdade seja dita, a comunhão entre banda e público foi constante ao longo das 16 canções. Ou quase, que eu continuo sem perceber o que leva alguém a deslocar-se a um evento destes para ter «conversas de café» a noite toda.]
Mas ainda faltava o encore, que se fez ao som de "You're So Real", mais uma canção sedutora na voz envolvente de Maarten. Simplesmente arrebatador.
Eis que chega finalmente a representação de "Thin Wall" no alinhamento, com "Bunker", uma das canções maiores do disco de 2015, e que me leva às lágrimas de felicidade. Para o fim, ficou a maravilhosa "Blood Like Wine", de 2010, que pôs toda a gente de sorriso no rosto. Foi cantada em coro, mais uma vez a plenos pulmões, remetendo-me para aqueles finais de concertos à "The National", cheios de emoção e de amor no ar.
Créditos: Chavininha |
Passou a correr, foi assim tão bom.
Aconteceu um mês antes do Natal, e foi o melhor presente que poderia ter recebido.
A postura da banda em palco foi irrepreensível, as vozes soaram exactamente como em disco, as canções ganharam ainda mais força, os músicos são fantásticos e a energia que passa para quem assiste, é incrível.
Um concerto há muito esperado, de encher os olhos e o coração, de dançar e balançar, de cantar e aplaudir, de ouvir e chorar por mais. Qualquer expectativa que pudesse ter, foi claramente excedida.
A postura da banda em palco foi irrepreensível, as vozes soaram exactamente como em disco, as canções ganharam ainda mais força, os músicos são fantásticos e a energia que passa para quem assiste, é incrível.
Um concerto há muito esperado, de encher os olhos e o coração, de dançar e balançar, de cantar e aplaudir, de ouvir e chorar por mais. Qualquer expectativa que pudesse ter, foi claramente excedida.
Espero que não se passem mais seis anos até que os Balthazar regressem a Portugal.
Quanto a este primeiro concerto "a sério", ficará para sempre gravado na minha memória.
Quanto a este primeiro concerto "a sério", ficará para sempre gravado na minha memória.
" raise your glass to the nighttime and the ways
to choose a mood and have it replaced "
[nota final: a primeira parte ficou a cargo dos From Atomic, trio de Coimbra que aqueceu o palco e o povo para o que aí vinha]
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