"E de Repente", a (incrível) estreia a solo de André Henriques


André Henriques, dos Linda Martini, apresenta-se a solo. "E de Repente" é a primeira amostra do disco(*) que será lançado na Primavera de 2020, e que se faz acompanhar por um vídeo belíssimo realizado por Joana Linda.


"E de Repente" começa frágil e delicada, guitarra e voz, o suficiente para me deixar envolver de imediato, até porque não é segredo para ninguém que há muito que simpatizo com a voz de André Henriques.
A mudança de tom na melodia deixa-me de ouvidos em sentido, indicando que algo está para acontecer. A carga dramática chega com a entrada da percussão, e sinto a canção ganhar corpo. E quando se ouvem os sintetizadores, há uma luz no horizonte.
A canção cresce, a intensidade aumenta e espero ansiosamente pela cena final. Mas eis que a canção termina em suspenso, deixando-nos sem chão. E somos impelidos a carregar novamente no play, como se assim pudéssemos mudar o seu desfecho.

"E de Repente" é «um filme sem refrão, uma canção sem trailer, uma história de amor improvável». É, para mim, uma canção intensa e acutilante que nos tira da nossa zona de conforto, um tremendo aguçar de apetite para o que aí vem.

(*)nota final: nas palavras do autor, «é um disco de impulso que quer expor a fragilidade das canções. Como se elas exigissem o cuidado de quem escuta para não se partirem antes de chegar ao fim». Conta com a colaboração de Ricardo Dias Gomes (produção, baixo e teclados), Pedro Ferreira (guitarra eléctrica) e Ivo Costa (percussão).

Sem comentários:

Imagens de temas por merrymoonmary. Com tecnologia do Blogger.