"Adeus 2019, bem-vindo 2020", por Concertina

Fonte: Pinterest

É o último dia do ano, tempo de vos apresentar o que mais me marcou em 2019.
A ideia de fazer uma lista de «melhores do ano» é uma complicação, porque, como já disse por aqui imensas vezes, o melhor nem sempre é o que mais me toca. Por isso, a minha escolha recai nas canções e nos discos a que voltei uma e outra vez, que me continuam a emocionar e a causar aquele arrepio bom.

Começo pelos discos.
Na lusofonia, o destaque maior vai para "Nu" dos First Breath After Coma, "Manga" de Mayra Andrade, o disco de estreia homónimo de Esteves e "Aqui Está-se Sossegado" de Camané & Mário Laginha. Lá fora, foi nos álbuns de Sharon Van Etten, James Blake, Bon Iver e mais recentemente de Leonard Cohen que encontrei refúgio. Mas os meus ouvidos vibraram muito com os trabalhos de The Wild State, Runabay, Somehow e Lucy Lu, todos eles na lista das minhas (grandes) descobertas do ano.


Mais uma vez, o ano fez-se de canções.
A lista inicial continha mais de 50, tão distintas, de artistas conceituados e outros nem tanto, todas com um lugar especial cá por casa. Mas algumas tiveram mais rotação e (ainda) não me cansei de as ouvir. "Seventeen" de Sharon Van Etten (com e sem Norah Jones), e "Naeem" de Bon Iver são as primeiras que me vêm à cabeça, aqueles coups de foudre que nos deixam sem chão. "Shut Your Eyes and See" de Somehow e "Dig" dos Runabay continuam a dar brilho aos meus dias, tal como "Adonis" de Lucy Lu e "Rise" de Minimal Animal. Julia Church arrebatou-me com "Tremble", e viajei para longe ao som de "Fiji" de Esteves. Não parei de dançar ao ritmo das cantigas de Kita Menari, e o meu coração bateu mais forte com "E De Repente" de André Henriques.


"Arabesque" dos Coldplay, "Youth" dos The Wild State, "Fly Like An Eagle" dos Stereophonics, "Fury Road" dos Flight Brigade e "Esquecer Pra Sempre as Horas" de Valentin & Flotilha em Alta-Terra são outras tantas que me acompanharam ao longos dos últimos meses. Mais recentemente, a versão de Fiona Apple para "The Whole Of The Moon" foi qualquer coisa de apaixonante que me apanhou de surpresa, e "(Have Yourself) A Very Maudlin Christmas" de The Romantidote e "Just Like Christmas" (original dos Low) pela mão dos Editors animaram o período natalício.


Quanto a concertos, 2019 foi (mais) um ano de poucos mas bons. No topo da lista estão, sem qualquer dúvida, Massive Attack, Mayra Andrade e Balthazar. E este último, por ter sido tão desejado, leva a medalha de melhor concerto do ano. Isso e porque de facto foi um concerto incrível (ler aqui). Mas o ano teve mais momentos importantes. Despedi-me do projecto Capitão Capitão, celebrei com os Trêsporcento os seus 10 anos e dei as boas-vindas a Esteves. Fiz a festa com os Gossip e os Cut Copy e senti as emoções ao rubro com Silva e Bill Ryder-Jones. E fechei o ano da concertagem da melhor forma, com os amigos de sempre, os The National.

2020 levar-me-á, para já, ao meu primeiro concerto de Explosions In The Sky, em Fevereiro e ao reencontro com Justin Vernon e companhia lá mais para Abril. O novo ano trará também os próximos discos de Mazgani, André Henriques, Noiserv, Woodkid, The Killers, Lucy Lu e Meadows, que aguardo com expectativa.

Espero por isso muita e boa música, para que os momentos e as memórias felizes que se avizinham possam ser acompanhados pela melhor banda sonora.

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