Regresso aos gloriosos anos 80 ao som de "Rebel Heart", dos World Goes Round

 

Los Angeles, 1989.

Quatro amigos - Frank Musker, Elizabeth Lamers, Jeff Hull e Marty Walsh - criaram o projecto World Goes Round e gravaram um disco por puro prazer. Os dois primeiros nomes podem conhecê-los com autores do clássico "Too Much Love Will Kill You", celebrizado por Brian May e pelos Queen. Mas os quatro faziam parte da cena musical de Los Angeles, e estavam envolvidos em mil e um projectos, reunindo-se como forma de descompressão e por diversão.

Talvez por isso, a cassete tenha ficado na gaveta estes anos todos. E talvez por causa da pandemia,  só tenha visto a luz do dia quando o produtor Tommy Vicari (que trabalhou com Billy Idol e Prince por exemplo) a tenha pedido a Marty Walsh. Foi encontrada em versão demo, trabalhada e remasterizada em digital, e o resultado é uma colecção de canções pop que nos fazem regressar a uma época dourada da música, ao mesmo tempo que nos soam frescas e atuais pelos temas que abordam.


"World Goes Round", o disco, já está disponível para audição aqui e ontem foi lançado mais um single, "Rebel Heart", que me conquistou assim que o ouvi pela primeira vez. Trouxe-me memórias de uma época que quem me conhece sabe que adoro e o single tem tudo o que se aprecia na música dos anos 80: vozes melodiosas e em plena harmonia, uma letra pertinente, uma linha melódica cheia de ritmo, sintetizadores vibrantes e guitarras orgânicas.

O disco conta com mais 9 canções, incluindo o primeiro single "Big House" sobre as alterações climáticas e o seu efeito no nosso dia-a-dia. "Put It On The Line", dedicada aos heróis de todos os dias, ganhou uma nova dimensão na pandemia, e "Round The World" enche-nos de esperança e de optimismo, falando-nos de sonhos e de escapar ao negativismo, algo com que todos nos relacionamos por estes dias.

"World Goes Round", o disco, é sério e descomprometido, tem funk, pop, rock e soul, melodias contagiantes e que nos puxam para dançar ao mesmo tempo que as letras e as performances de Elizabeth e de Frank nos fazem querer cantar com eles. E parece-me perfeito para ouvir a qualquer hora do dia ou da noite, com o volume alto, quando precisarmos de contrariar os efeitos menos bons do confinamento.

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