"Aftersun", o reluzente novo single dos Fright Years


O destaque deste fim de tarde vai para os britânicos Fright Years, sobre quem já falei aqui. O novo single chama-se "Aftersun" e traz consigo o som brilhante e emotivo que me conquistou. É uma composição introspetiva e calorosa, que evoca aquele momento em que decidimos mudar alguma coisa na nossa vida seja qual for o resultado.

Apresenta-se, talvez por isso, sonhadora e intimista, mas também vibrante e esperançosa.
Ora ouçam:


O início é suave, com o seu quê de etéreo, mas a pouco e pouco, a canção cresce em intensidade. Guitarras exuberantes e uma secção rítmica pulsante compõem a paisagem sonora, imersiva e vibrante, que nos cativa compasso a compasso. Com o refrão, surge um rasgo de força e de luz que, para mim, simboliza aquele impulso extra (e, muitas vezes, necessário) que nos impele à ação.

Sente-se nele uma emoção tremenda, uma certa libertação, um momento de catarse pura. Muito dessa sensação vem da interpretação de Juliette Kelly que, mais uma vez, seja nos momentos mais delicados, seja nos pedaços mais intensos, se revela irrepreensível. A sua voz, com um timbre suave e luminoso, soa extremamente verdadeira, emotiva e aconchegante, sem dúvida, o elemento maior da composição.

"Aftersun" é (mais uma) canção incrível dos Fright Years, que tem em si tanto de onírico como de real, que nos faz viajar para longe ao mesmo tempo que nos faz sentir tudo na pele. E é perfeita para ouvir sempre que precisarmos de um momento só para nós.

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