"DIM", o novo single (e EP) de SYML, real e intimista


Esta tarde, o destaque vai para "DIM", o mais recente single e tema-título do novo EP de SYML, sobre quem já falei aqui, e que saiu na passada sexta-feira. O novo trabalho explora a perda, englobando cinco temas, entre os quais "True" e "Stay Close", sobre as várias formas de dor.

SYML pega nos seus sentimentos, nas suas experiências mais duras, e transforma-os em canções intimistas, relacionáveis e reais, à flor da pele, com tanto de visceral como de tocante. Não lhe falta sensibilidade e vulnerabilidade, mas também há espaço para a reconciliação, como uma espécie de terapia por via da música. 


Se, em "Stay Close" e "True", foi a performance vocal de SYML que me desarmou por completo, em "Black Teeth", é o ambiente sonoro, entre dinâmicas piano e forte, entre texturas mais orgânicas e outras mais criativas, e um final quase catártico, que mais cativa. Já em "Yes And Know", são os acordes de piano que me conquistam, servindo de âncora para mais uma interpretação irrepreensível de SYML.

"DIM", por seu lado, parece ser o encerramento perfeito para o EP. É delicada e quente, com uma paisagem sonora envolvente e suave, e uma performance vocal cheia de sentimento. A canção simboliza a luz que carregamos connosco e que, por vezes, teima em se apagar sempre que perdemos alguém. O ambiente traz-nos conforto, para nos podermos resguardar do sofrimento, mas também nos incute um sentimento de esperança, cortesia dos strings que enchem o ambiente de luz.

"DIM", o EP, tem um lado sofrido, quase desolador, mas, ao mesmo tempo, tem o dom de aquecer a alma. Nele, encontramos um turbilhão de emoções tão reais que as tomamos como nossas também, qual banda sonora para nos amparar no luto. E isso, é algo deveras reconfortante.

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