"Selfish Mind", o novo single de Sarah Johnsone para fins de tarde descontraídos
A cantautora britânica Sarah Johnsone, sobre quem já falei aqui, está de regresso com uma nova canção. "Selfish Mind" é sobre deixar de amar alguém e não sermos sinceros o suficiente para o admitir, sem dúvida algo com que muitos de nós nos identificamos.
"Selfish Mind" acompanha o passar do tempo, começando de uma forma terna e calorosa, evoluindo para algo mais explosivo, caótico, como muitos relacionamentos. E, para mim, é isso que a torna tão autêntica e envolvente.
Há, no entanto, algo que sobressai (ainda) mais nos dois minutos e qualquer coisa que a composição dura: a voz de Sarah, tão maravilhosa e tão expressiva. A sua interpretação é sentida, é meiga e aveludada mas é também fervorosa, revelando não só o seu talento como a sua potência vocal e o seu alcance.
Em acompanhamento seguro e irrepreensível, a paisagem sonora em tons jazzísticos, tão bem construída e equilibrada, com texturas sedutoras e um ritmo apetecível, com harmonias luminosas que trazem energia e ânimo, enquanto a linha de baixo se mostra cheia de ginga. O final aguerrido e mais acelerado é a cereja no topo do bolo, como um momento catártico de pura libertação.
"Selfish Mind" é uma canção cativante, que nos oferece mais uma faceta do trabalho de Sarah Johnsone, que tem alma e tem urgência, que tem garra e tem suavidade, que é pulsante tanto quanto é delicado. E esta, tal como as outras, é para ouvir com o volume bem alto, sempre que precisarmos de descontrair.
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