Alex Siegel de regresso com "Walk You Home", um disco soalheiro e inspirado(r)
Para este final de manhã, a minha escolha recai em Alex Siegel, sobre quem já falei aqui, e que tem um novo disco, "Walk You Home", composto por 12 canções gravadas no Verão passado e que captam a sua vida nessa altura, cheia de mudanças e de adversidades, de dúvidas e e de saltos de fé, sempre com o amor como uma constante.
É um disco honesto e terapêutico, permitindo a Alex perceber os seus sentimentos e lidar com eles. Fala-se de crescimento pessoal, das várias nuances do Amor, de sair da nossa zona de conforto, de abdicar do controlo e esperar pelo melhor.
É também um trabalho aconchegante e inspirador, que nos oferece um ambiente sonoro relaxante e descontraído.
Quando ouvi o disco pela primeira vez, remeteu-me para dias passados na praia, tardes de petiscos com os amigos e noites frescas aconchegadas pela companhia da nossa cara metade; e para momentos de felicidade pura, sem horários e sem pressões, um tempo que nos permite recarregar baterias.
Ao longo dos seus pouco mais de 30 minutos, "Walk Me Home" envolve-nos com as suas melodias acústicas e orgânicas, entre momentos mais folk e outros mais dream pop, que são perfeitos para esta altura do ano. Ainda que todas as canções tenham o seu charme, destaco duas que têm rodado mais vezes: "What's On Your Mind" e "Roll Me".
A primeira soa muito tranquila e com um toque suave a surf pop, apresentando uma paisagem sonora relaxante. O ambiente é onírico, feito de guitarras vibrantes que se elevam por entre a batida constante e, claro, harmonias vocais sonhadoras, muito expressivas e quentes.
A segunda, por seu lado, ainda que mantenha a leveza e a frescura do tema anterior, tem, para mim, mais emoção. O instrumental é caloroso e soalheiro, descontraído também, com uma linha de guitarra reluzente, mas é a interpretação de Alex que sobressai. A sua entrega é cativante, cheia de amor e de intenção, tornando tudo (ainda) mais sentido.
Em "Walk You Home", Alex Siegel oferece-nos composições joviais, com melodias frescas e interpretações relacionáveis que nos trazem conforto ao mesmo tempo que nos dão alento para encontrarmos a nossa essência. Parece-me, por isso, perfeito para ouvir em tempo de férias e de descanso.
Sem comentários: