"Kids Are Alive", o eclético e vibrante novo single dos Samba de la Muerte


A fechar esta Quarta-feira, eis "Kids Are Alive", o mais recente single da banda francesa Samba de la Muerte, sobre a qual já falei aqui, retirado do novo álbum "Ornament" lançado a 29 de setembro (e que podem ouvir aqui).

Seguindo o registo dos singles "We Head For", "Ornament" e "Memory", "Kids Are Alive" continua a evolução musical dos Samba de la Muerte, combinando habilmente uma miríade de estilos, da pop ao jazz e folk, do reggae à eletrónica, resultando num som brilhante e sofisticado.


Nas palavras de Adrien, «a música convida-nos a celebrar a infância com um hino despreocupado e unificador. A batida febril da bateria é uma homenagem à banda krautrok CAN, é uma busca urgente pela liberdade. Queríamos que as vozes das crianças fossem ouvidas como elas são, o futuro das nossas sociedades, e a sua visão do mundo dá-lhes um lugar à mesa dos adultos. As crianças estão vivas e são representadas por uma série de arranjos diferentes para transmitir a energia da música. O desafio era encontrar o equilíbrio certo entre a emoção da letra e o poder rock dos instrumentais. Precisávamos de criar um contraste entre urgência e gentileza.»

Pouco mais há a dizer, certo?
Errado.

"Kids Are Alive" é uma composição eclética, orgânica e vibrante, onde a onda jazz lhe dá vida e o lado rock lhe dá intensidade. O instrumental flui tal qual uma jam session, oferecendo um ambiente livre e descontraído, melódico e animado, cortesia de uma secção rítmica pulsante, teclas cintilantes e um solo absolutamente maravilhoso de saxofone.

Tudo soa exatamente no sítio certo, no tempo certo, tão cuidado quanto natural, com todos os elementos perfeitamente entrelaçados e em diálogo constante, tornando a canção dinâmica e cativante. E por entre tudo isto, as harmonias vocais, honestas e cruas, pontuam sem falhas a canção, trazendo uma certa urgência ao ambiente, sobretudo no refrão, que é aguerrido e inspirador ao mesmo tempo.

"Kids Are Alive" é uma composição deliciosa, musicalmente rica e liricamente pertinente, que merece ser escutada com os ouvidos bem abertos, permitindo-nos descobrir todos os seus detalhes e todas as suas camadas.

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