Silver Lake de regresso com "Flowers Grow In The Saddest Parts", o envolvente novo single

 

O segundo destaque do dia vai para "Flowers Grow In The Saddest Parts", o novo single dos Silver Lake, sobre quem já falei aqui. É a primeira amostra para o segundo álbum, uma composição delicada e elegante que traz consigo um som folk-pop inspirado nos anos 1960.

A música é sobre «como navegar pelos sentimentos de culpa e insegurança que podem surgir ao apoiar um ente querido que está a lutar contra a depressão», ou seja, quanto de nós podemos dar e que partes proteger, de forma a manter a nossa paz de espírito.

É uma canção de aura sonhadora e de ambiente reconfortante, que é uma delícia absoluta para os ouvidos.


Destacam-se de imediato as harmonias vocais. A voz de Marleen Hoebe, leve e intimista, aquece o coração e chega-nos cheia de emoção, de uma forma calorosa e profunda. O seu timbre é doce e luminoso, dando-nos uma sensação de conforto, e é quase impossível não nos sentirmos mais apaziguados.

A voz rasga e ecoa pela paisagem sonora, que se faz de melodias esperançosas e arranjos requintados, cortesia de Jesse Koch. As texturas revelam-se intricadas e harmoniosas, pontuadas por apontamentos brilhantes que acrescentam uma nota de esperança à paisagem nostálgica. Mais uma vez, tudo na composição soa cuidado e sentido, cada momento tão espaçado quanto preenchido, num entrelace perfeito.

"Flowers Grow In The Saddest Parts" é uma canção muito envolvente, um bálsamo para a alma e um refúgio para corações inquietos, lembrando-nos da importância de nos relacionarmos com os outros, da proximidade, mas também de mantermos a nossa própria tranquilidade. E é para ouvir sempre que precisarmos de um momento só para nós.

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