"Loading", o arrebatador regresso de James Blake


Este fim de tarde, tempo para o novo single de James Blake, "Loading", que fará parte do seu novo disco "Playing Robots Into Heaven" a sair dia 8 de Setembro. Ao contrário do anterior "Big Hammer", que não me encheu propriamente as medidas, este parece trazer a eletrónica cheia de alma e de sentimento que me conquistou há muitos anos atrás.

De ambiente lento e de produção espaçada e intimista, "Loading" vai crescendo a cada compasso. Aos poucos, a paisagem sonora transforma-se, soando mais arrojada, mais vibrante, mais enérgica, mais "cheia", revelando uma composição absolutamente arrebatadora.
Ora ouçam:


É sabido que James Blake está na linha da frente dos nomes que sigo e que ouço continuamente (ler aqui). O seu trabalho tem tanto de eletrónico como de orgânico e há qualquer coisa na sua voz e, muitas vezes, na forma como a trabalha, que transmite emoção plena e genuína.

Aqui em "Loading", sente-se bem isso.
Os arranjos vocais, que oferecem ora um registo mais mecânico ora outro mais humano e os efeitos que fazem mudar o tom e criam a ilusão de vozes diferentes trazem consigo intensidade e dinamismo à composição, por entre ritmos perfeitamente cadenciados.

A paisagem sonora é etérea e é vívida ao mesmo tempo, cortesia de múltiplas camadas sobre camadas que evocam um estado de sonho enquanto sentimos na pele a emoção de cada batida e de cada acorde. Ritmos envolventes e batidas apetecíveis fundem-se e entrelaçam-se tanto quanto contrastam com os sintetizadores extasiantes como se em diálogo ou em movimento constantes.

"Loading" é, sem sombra de dúvida, pelo menos para mim, mais uma canção poderosa e cheia de alma. É hipnotizante, é pulsante, é sentida e é crescente, parecendo-me perfeita para ouvir sempre que precisarmos de espairecer a mente.

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