"Metanoia", honestidade à flor da pele no novo single de Liam Fender


Este fim de tarde, tempo para "Metanoia", o mais recente single do cantautor britânico Liam Fender, sobre quem já falei aqui. O tema faz parte do seu EP "Love Will...", uma coleção de 6 faixas que representam a sua vida nos últimos 10 anos.

Da mensagem universal de união de "Love Will Conquer" às belas melodias de guitarra e às letras alegres de "Time Comes Around"; de uma faixa sobre desespero total com um jogo de palavras lírico em "Don’t Follow Me Down" a uma versão despojada da música dos Joy Division, "Love Will Tear Us Apart"; da abertura instrumental com "Love Will..." a "Metanoia" que desataco hoje, são notórios o talento, a experiência, a arte que compõem o trabalho de Liam.


Se, quando ouvi "Love Will Conquer", achei que tinha algo de clássico, senti o mesmo com "Metanoia". Para além de ter uma dimensão inspiradora e de toques de melancolia, tem algo que a torna verdadeiramente incontornável: uma interpretação emotiva, crua, à flor da pele.

A interpretação de Liam é poderosa, muito expressiva e opulenta, ao mesmo tempo que calorosa e intimista, e eleva-se por entre a paisagem sonora reconfortante e luminosa. As texturas e as harmonias equilibram-se sem esforço ao longo da canção e riffs de guitarra e arranjos de cordas entrelaçam-se perfeitamente com uma batida cadenciada e uma secção rítmica crescente, envolvendo-nos a cada compasso. E o minuto final é absolutamente arrebatador tão catártico quanto sereno.

"Metanoia" é, à semelhança das restantes canções do EP, uma composição que transborda de genuinidade e de intensidade. É musicalmente vibrante, liricamente relacionável e vocalmente desarmante. E é para ouvir sempre que precisarmos de sentir.

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