"How Do You Leave", a honestidade desarmante de Bess Atwell no novo single (e disco)
Bess Atwell tem sido presença assídua aqui no estaminé, desde que me chegou aos ouvidos no início deste ano. A cantautora britânica, que rapidamente ganhou um lugar especial no meu coração, tem novo single, "How Do You Leave", que faz parte do disco "Already Always" lançado na passada sexta-feira.
Dele, também fazem parte "Co-Op", "All You Can Do", "Time Comes In Roses" e "Nobody", que já foram destaque por aqui.
Em todas, encontra-se beleza e intimidade, letras que contam estórias e que fazem sentido a quem ouve, melodias que confortam e aquecem o coração. Como em "How Do You Leave", emotiva e honesta, com uma guitarra dedilhada absolutamente marcante. [e mesmo em "Red Light Heaven", o single anterior, e talvez a mais animada, com laivos rock, sente-se a gentileza: a voz de Bess surge, como sempre, suave e envolvente por entre a linha de guitarra tão doce quanto eletrizante].
Aqui, bem como no disco, a simplicidade (con)funde-se com a complexidade; se por um lado, relacionamo-nos com as estórias que Bess nos conta e na forma como se apresenta vulnerável e genuína, capaz de provocar arrepios na espinha, por outro, deslumbramo-nos com os arranjos e as paisagens sonoras exuberantes. Há em todo o seu trabalho, nostalgia e esperança, que convivem lado a lado, ora evocando o lado agridoce da vida, ora trazendo ao de cima o lado mais romântico.
É multidimensional também; fala-se de amor, de perda, de vida, de morte, de solidão, de existência, como forma de expiação e de catarse, mas cada um de nós tirará dele o que mais lhe fizer sentido.
Eu, encontro conforto e amparo em todas as canções. E custa-me eleger uma preferida. São composições cativantes por si só, mas, em conjunto, transcendem-se. E surpreendem-me e emocionam-me de cada vez que tocam.
Por tudo isto, "Already, Always" entrou diretamente para a minha lista de discos do ano. E Bess Atwell é, sem dúvida, um dos nomes a manter debaixo de ouvido.
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