"What Did I Think Would Happen", o arrebatador novo single dos Arliston
Para este fim de tarde, a minha escolha recai em "What Did I Think Would Happen", o tema de abertura de "Disappointment Machine", o próximo álbum dos Arliston, sobre quem já falei aqui várias vezes. A nova canção expõe, de forma íntima e despojada, a narrativa do disco sobre um amor não correspondido.
Envolta num certo calor analógico, cortesia dos cliques e zumbidos de um leitor de VHS, e oferecendo-nos uma melodia suave e uma interpretação arrebatadora, "What Did I Think Would Happen" é uma composição emocionalmente crua e absolutamente extasiante.
Ora ouçam:
Caracterizada pela dupla como um exercício de moderação, de equilíbrio, "What Did I Think Would Happen" é uma peça intimista e terna, mas ao mesmo tempo plena de inquietude. As notas do piano chegam-nos suaves, a linha de guitarra é delicada e reluz por entre uma orquestração que tem tanto de exuberante como de reconfortante; o arranjo de metais, ainda que fugaz, surge quase como um grito por entre texturas que nos acalmam o coração.
É, mais uma vez, a voz de Jack, e sobretudo a sua interpretação, que eleva a composição. De forma suave mas muito genuína, transmite-nos as suas emoções, sem filtros e sem medos, numa mistura de conforto e desespero. É comovente e fascinante, e não há como não sentir um arrepio na pele.
"What Did I Think Would Happen" é (mais uma) grande canção dos Arliston, que transborda de emoção. Revela em todas as suas notas de música expansividade e contenção, melancolia e ternura, e é, para mim, uma das suas composições mais comoventes e desarmantes. E, por isso, para ouvir de alma e coração abertos, sem medo de se emocionar.
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