"Dry", o novo e autêntico single dos Rancid Eddie

 

Esta tarde, viajamos até Melbourne, terra dos Rancid Eddie, quinteto composto por Jessy Kelly (voz e guitarra), Matt Sturrock (voz e guitarra), Ash Ravlic (baixo), Andy Sturrock (bateria) e Eddie O'Brien (teclas). Chegaram-me aos ouvidos com "Dry", o mais recente single e sucessor de "Champagne" (que podem ouvir aqui, uma canção arrojada e despretensiosa, cheia de groove e algum funk à mistura).

Colou assim que começou a tocar.

Descontraída e atrevida, "Dry" é uma canção sobre um relacionamento que está a perder o brilho. E, nesse sentido, a melodia vocal é a primeira coisa que nos chama a atenção, perfeitamente colocada entre o tom esperançoso e o angustiado. Surge pairando sobre acordes de guitarra nebulosos e joviais, uma batida arrojada e firme, e teclas cortantes. A letra é honesta e divertida, e o refrão é orelhudo o suficiente para ficar a ressoar em nós, muito depois da canção terminar.

Sempre que toca, parece transportar-nos de imediato para uma noite de copos com os amigos, para afogar as mágoas e descontrair. E, quando entra o refrão, só consigo imaginar os Rancid Eddie à volta da mesa, de cerveja na mão, a cantar com todo o sentimento, em jeito de libertação. E, no final, o que fica é a celebração da amizade que os une.

"Dry" soa espontânea e descomprometida. E é para ouvir com o volume alto, e cantar a plenos pulmões.