"We're (Not) Alone", o novo single dos Brother., relacionável e honesto
O destaque desta tarde vai para os Brother., projecto sobre o qual já falei aqui. Na passada sexta-feira, lançaram o seu disco "Volume III", do qual fazem parte os já conhecidos "Ain't Over You" (que continua a ser das minhas favoritas), "EZ", "Goodnight Girl" e "We're (Not) Alone", tema central e o mais recente single.
Relacionável e catchy, esta última fala-nos sobre sentirmo-nos sozinhos mesmo quando não estamos - quem nunca? - e expõe, mais uma vez, a mestria da banda em criar canções liricamente fortes e honestas, equilibrando-as com paisagens sonoras ricas e suaves, que nos despertam emoções e memórias.
O seu lado melancólico é contrabalançado por um refrão mais luminoso, e por harmonias vocais, ali entre o etéreo e o suave, mas sempre cheias de intenção, que nos impelem a prestar atenção a cada palavra.
Ao ouvir o disco no seu todo, percebemos que é uma espécie de «imagem de marca»: uma sonoridade melodiosa e reconfortante, rica em camadas instrumentais fluídas, quentes e brilhantes ao mesmo tempo, que condensam em si emoções e sentimentos avassaladores, sem nos angustiar ou sufocar.
É essa a magia de "We're (Not) Alone" e de "Volume III", o disco: as canções não só são bem feitas e sentidas, como têm uma produção calorosa e uma orquestração luminosa. Resultado? Ao ouvi-las, não há como não nos sentirmos acompanhados na nossa tristeza, nos momentos menos bons. Lembramo-nos que não estamos sozinhos e ganhamos algum alento.
E isso, para mim, é provavelmente a melhor coisa que se poderia extrair de uma canção, ou de um disco.
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