"The Missing" e mais canções de "Power Ballads", o disco de estreia de Sam Himself
 |
| Créditos: Stefan Tschumi |
Esta noite, o destaque vai para Sam Himself, projeto sobre o qual já falei aqui nos últimos meses. O seu disco de estreia, "Power Ballads", saiu finalmente na passada sexta-feira e tem rodado incessantemente deste lado.
"Nothing Like The Night" e "What It's Worth" continuam a ser canções incontornáveis, "La Paz", que não me entusiasmou tanto quando saiu, foi crescendo e encontro-lhe uma tonalidade sonhadora, mas há mais para descobrir neste trabalho.
Como "The Missing", um dos temas maiores do disco. O ambiente tem em si tanto de dramático como de suave, denunciando uma produção exímia onde a voz barítono de Sam é o elemento maior. Soa absolutamente maravilhosa, envolvente e honesta, pairando sobre sintetizadores nostálgicos e teclas dóceis. A emoção que a canção transmite cola-se na pele e não há como ficar indiferente.
Ou, por exemplo, "Brando", "Way Out" e "Cry", tão diferentes entre si mas, ao mesmo tempo, evocando emoções fortes. «Emoção» é, aliás, a palavra-chave para este "Power Ballads", que revela a alma e o coração de Sam, baseando-se nas suas histórias, no seu passado, no confronto com o seu interior, com a sua essência.
Tem solidão, tem introspeção, tem, por vezes, uma aura mais sombria. Mas está longe de conter angústia ou desalento. Antes, transmite conforto, aceitação e cura. As canções têm o seu quê de romântico, mas têm sobretudo intensidade e força. Há nelas algo de relacionável, de calmo, de comovente. E de fascinante também, muito por culpa do tom barítono de Sam, melancólico e quente, vulnerável e confiante, intimista e profundo. É elemento fulcral ao disco, sem dúvida, conferindo-lhe carácter e complexidade.
"Power Ballads" é um disco poderoso, real, emocional. Uma estreia arrebatadora, que não só nos conforta nestas noites mais frescas de Outono, como assentará que nem uma luva nos dias mais frios de Inverno, daqueles que convidam ao sossego e ao aconchego.
Sem comentários: