"everything, everything", o orquestral novo single de la loye


Para esta manhã de Quarta-feira, a minha escolha recai em "everything, everything", o novo single de la loye, o projeto da cantautora holandesa Lieke Heusinkveld, que nos oferece uma sonoridade feita de harmonias vocais suaves envoltas em texturas em camadas e intrincadas, resultante em ambientes íntimos e emocionais.

"everything, everything", que evoca a nostalgia como um lugar de conforto, é um exemplo belíssimo disso mesmo.
Ora ouçam:


Calorosa e melancólica qb., "everything, everything" foi crescendo um pouco mais a cada escuta. Foi mostrando todos os seus detalhes sem pressas, permitindo-nos saborear a forma como se move, delicada, como encanta quem ouve, com um trabalho muito rico em orquestrações e, sobretudo, como se revela exuberante e intensa, quando menos esperamos.

O início soa suave, quase despojado, com um instrumental intricado mas contido, onde a voz encontra o espaço certo para nos conquistar. A interpretação de Lieke chega-nos reconfortante e terna, cheia de sentimento também, enquanto a melodia, marcada por uma linha de piano deliciosa, a vai amparando. 

Pouco a pouco, os arranjos vão soando mais fortes, mais vibrantes, e a entrada em cena da secção de metais traz um brilho extra à composição. É, no entanto, o minuto final que me arranca sempre um sorriso e me aquece o coração, um pedaço instrumental absolutamente maravilhoso, profundo e colorido, ao mesmo tempo que muito comovente.

"everything, everything" é uma peça de música deveras cativante, cheia de musicalidade e de emoção à flor da pele, que me parece perfeita para musicar momentos introspetivos, oferecendo-nos um aconchego quando nos sentirmos mais cinzentos.

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