Manhãs calorosas ao som de "You Can Have It Your Own Way", o novo single dos MVSO


Para este fim de manhã de Domingo, tendencialmente um momento de descontração e de lento acordar, a minha escolha recai em "You Can Have It Your Own Way", o mais recente single da dupla MVSO, sobre quem já falei aqui. O tema faz parte do EP de estreia "Prioperception", a par de outras 5 canções que nos oferecem uma sonoridade muito envolvente, tão atmosférica e etérea quanto próxima e calorosa.

Confesso que me faltam as palavras para descrever o sentimento que emana desta composição, e, em boa verdade, do trabalho do duo norte-americano. Há algo de muito reconfortante, de muito harmonioso e de muito emocional no som de "Prioperception", que aborda temas existenciais sem que as suas canções soem demasiado pesadas ou sombrias.

Soam, acima de tudo, como um refúgio, um espaço seguro onde podemos simplesmente estar e sentir sem medos e sem limites. Podemos sentir tristeza e dor, consolo e esperança, sem que isso nos pese na alma e no coração. E se já achava isto quando ouvi "Passing Through" e "Hourglass", depois de ter escutado o EP completo - incluindo canções que, antes, não me entusiasmaram por aí além - tudo fez (ainda) mais sentido.


"You Can Have It Your Own Way" é (apenas) mais uma peça do puzzle, uma canção com tanto de descontraído quanto de comovente, mantendo a sensação etérea do trabalho dos MVSO graças a um trabalho de produção incrível, que revela múltiplas camadas e texturas perfeitamente entrelaçadas com as harmonias vocais, absolutamente deliciosas.

O ritmo é pulsante e a linha de guitarra acústica dedilhada soa irrepreensível ao longo de toda a canção, num diálogo maravilhoso com o baixo suave mas encorpado. As vozes aconchegantes de Mat e Saumon rasgam e ecoam pelo ambiente, numa sincronia invejável, mas assumo que o momento maior da composição é o seu final, crescente em intensidade e culminando com as vozes à capella.

"You Can Have It Your Own Way", e as restante canções de "Prioperception", são um bálsamo para os ouvidos e para a alma. São peças cheias de musicalidade, profundas mas também relacionáveis, que emocionam e confortam quem ouve. E são, por isso, perfeitas para ouvir sempre que precisarmos de sossegar a inquietude.

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