Almost Twins de regresso com "Puppeteer", o imersivo novo single


O destaque deste fim de tarde vai para o coletivo alemão Almost Twins, sobre o qual já falei aqui. O novo single “Puppeteer“ inspira-se numa peça de um amigo próximo, marionetista, e evoca temas de perda de controlo e impotência.

É, por isso, uma peça muito rica em texturas mas fluída, cheia de variações também que são tão entusiasmantes quanto desconcertantes.
Ora ouçam:


A paisagem sonora faz-se de um diálogo vivo entre guitarras acústicas e sintetizadores e guitarras elétricas e percussão, resultando em algo dinâmico e, até, caleidoscópico. Tenso e vibrante ao mesmo tempo, o instrumental intricado revela linhas melódicas e arranjos rodopiantes, com mudanças de tempo (in)esperadas que nos mantêm presos à composição.

Há luz e há sombra, há harmonias calorosas e outras mais profundas, numa conjugação irrepreensível de tons e elementos. O refrão é orelhudo q.b. e emana uma energia pulsante, a orquestração dos metais traz, como sempre, brilho e exuberância, e o final, que quebra o ritmo (e a tensão), revela-se atmosférico e leve. E, por entre tudo isto, os arranjos vocais pincelam a canção com carisma, soando suaves e expressivos ao mesmo tempo.

"Puppeteer" é uma peça de música cativante, com o seu quê de imersivo e, até, hipnotizante, muito bem construída, que equilibra, sem esforço, inquietude e descontração. E é para ouvir com o volume alto sempre que precisarmos de fugir da realidade por uns momentos.

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