"Breathe", o regresso descontraído dos Bedroom Tax
O segundo destaque do dia vai para "Breathe", o mais recente single dos britânicos Bedroom Tax, sobre quem já falei aqui. O tema apresenta-nos um lado mais suave do trabalho da banda, revelando influências do funk, reggae, R&B e pop, e é um tributo à força e à resiliência das Mulheres.
É uma composição bem diferente do que nos têm habituado, mas não menos cativante, sobretudo pelo otimismo que transmite e pela mensagem de empoderamento e de solidariedade.
Ora ouçam:
Com um ambiente gingão, "Breathe" é guiada por uma linha de baixo que pisca o olho ao reggae e batidas de inspiração latina, que trazem uma sonoridade mais leve e descontraída. Camadas de guitarra enchem a paisagem e oferecem familiaridade, ora mais acústicas ora mais sonhadoras, mas é o refrão, com a sua energia e a sua cadência que impele ao pé de dança, que dá o impulso extra à composição.
O instrumental é deveras sedutor e vai-se entranhando na pele, é certo, com harmonias vibrantes e texturas calorosas, e uma secção de metais absolutamente deliciosa, exuberante e enérgica, cortesia do trompete de Connor Smithers, cujos arranjos pontuam cirurgicamente a canção, elevando-a e dando-lhe ainda mais brilho.
Confesso, no entanto, que a interpretação de Josh Collins prendeu a minha atenção. Honesta e relacionável, com sentido de melodia e equilibrando, sem esforço, emoção e intenção, confere ao ambiente uma sensação de esperança e de inspiração.
"Breathe" é uma canção que transmite boas vibrações, que soa livre, leve e solta, e que pede um abanar de anca, sem vergonha. Parece-me, por isso, perfeita para nos fazer companhia sempre que precisarmos de descomprimir.
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