Eis "Chokehold", o novo single de Philip Jonathan

 

A semana, por aqui, começa com "Chokehold", o mais recente single do cantautor britânico Philip Jonathan, sobre quem já falei aqui. A canção faz parte do EP de estreia "Pluma", juntamente com mais 6 canções, incluindo "I, Hope" e "In The Garden".

Nesta, fala-se de luto, mas está longe de ser uma canção sombria. É honesta, relacionável, e muitíssimo bem feita.


Saltam logo à vista a linha de piano, emotiva e comovente. Mais tarde, as mudanças e transições que conferem ainda mais intensidade à canção. Por um lado, a tonalidade da voz que contém em si tanto de sofrimento como de ternura; por outro, a orquestração, ora mais próxima, ora mais distante, evocando na perfeição os momentos mais turbulentos e os mais calmos quando procuramos lidar com o luto.

O equilíbrio é notório e talvez a palavra que melhor representa a canção. Da nostalgia dos versos à esperança que emana do refrão, a voz que soa quente e apazigua a alma, os acordes de guitarra que envolvem e cativam. Tudo isto, sem que nos sintamos deprimidos ou tristes. Em vez disso, há algo na canção que nos impele a sentir tudo à flor da pele, e assim, encontrarmos alguma serenidade.

E o mesmo acontece nas restantes canções de "Pluma". São temas de uma riqueza instrumental tremenda - da vibrante "Seafront", à quietude de "Before the dawn", sem esquecer a luminosa "In The Garden" e, claro, a maravilhosa "I, Hope" - e com interpretações irrepreensíveis de Philip Jonathan, vulneráveis, esperançosas, reconfortantes. 

São canções que lidam com as emoções mais difíceis, mas onde paira sempre uma nota de esperança. E, ao deixarmo-nos envolver, permitimo-nos dar o primeiro passo para encontrarmos algum tipo de consolo.

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