"Credence", a verdade do som de Ollie Hussey
A noite desta Terça-feira começa ao som de uma bonita e intensa canção de amor. Acho que posso dizer isto do fabuloso novo single do cantautor britânico Ollie Hussey, "Credence", uma canção com tanto de intimista como de delicado, que mistura o imediatismo da música Pop com a electrónica e o Rock, de uma forma descomplexada e real, e que tem como "cereja no topo do bolo" a voz doce, ora intensa ora delicada de Ollie Hussey, numa combinação perfeita entre notas de música e palavras. Carreguem no play, por favor.
"Credence" é, acima de qualquer outra coisa que lhe queiramos chamar, uma canção real. Ou vá, carregada de realidade: se, por lado, Ollie Hussey nos conta a sua história de amor, conta-nos também, ao mesmo tempo, como se debateu com a doença mental no primeiro confinamento, e como isso o fez sentir. Se, no refrão, ele diz, de forma apaixonada e sincera, "...I won't break your heart, I'll just break my own...", repetindo esta frase ao longo da música, diz também, a meio da canção, "...I just focus on my breathing, how I wish it didn't hurt...", demonstrando, de forma descomplexada, a sua fragilidade e a forma como a depressão afectou a sua vida.
"Credence" demonstra, também, a mestria de Ollie Hussey, especialmente se soubermos que as suas canções foram produzidas em casa, com a guitarra e um iPhone antigo, numa produção que, ao ser minimalista, o força a ser criativo, sendo que, mais uma vez, aquilo que me fascinou de imediato no trabalho do músico foi a sua verdade e a forma como é real a sua música e a sua visão do mundo.
Sei que gostos não se discutem mas, para mim, "Credence" é a canção perfeita, com a dose certa de amor, para sermos mais felizes.
Palavra de Chavininha.
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