"Hole", o lado (ainda) mais sombrio das Bad Flamingo


A fechar esta Quinta-feira, eis "Hole", o mais recente single da dupla norte-americana Bad Flamingo, alvo de destaques contínuos por aqui. Trazem, de volta, o seu mundo cinematográfico, inspirado nos Westerns; e sempre que as ouvimos, somos transportados para o deserto americano, terra de cowboyssaloons.

"Hole" não é excepção. De ambiente cru e sedutor, a canção revela, por entre as suas notas de música, uma sonoridade (ainda) mais sombria e misteriosa do que em temas anteriores, sem deixar de lado a elegância a que já nos habituaram.
Ora ouçam:


Escusado será dizer que me entrou logo no ouvido. Entre o mistério e a sedução, entre a sensação de perigo iminente e de excitação, "Hole" é uma composição cativante. É calorosa e desprendida, é tensa e relaxada; é feita de texturas vivas e harmonias apelativas, que nos prendem a audição do primeiro ao último momento.

A guitarra, com os seus acordes dedilhados, enche a paisagem, acompanhada por outros elementos de cordas e de percussão que deixam quem ouve na expectativa entre a luz e a escuridão. As harmonias vocais, por seu lado, soam mais uma vez no ponto, e chegam-nos ligeiramente sussurradas, muito sedutoras, como sempre, e envolventes e desafiadoras, como tem de ser.

"Hole" revela, e comprova mais uma vez, a sincronia e a cumplicidade da dupla. É uma canção muito bem construída, intensa e desassossegada, emocionante e inebriante, que se entranha em nós de imediato. E é perfeita para ouvir em noites amenas, de luz ténue e com um copo de vinho na mão, enquanto relaxamos depois de mais um dia difícil.

 

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