O que poderia ter sido o segundo dia do Porto Primavera Sound

 (Aviso à navegação: isto é um texto de reclamação e de não de imaginação pura, dado que o S. Pedro trouxe trovoada e chuva e que o palco Vodafone do festival deu o pifo (que, até ao ano passado, era o principal), sendo que, à hora a que escrevo isto (já passa bastante da meia-noite), ainda não sabemos exatamente o que aconteceu.)

Estava tudo combinado e a maquilhagem até estava meio feita, o cabelo arranjado e o outfit decidido, até já tínhamos marcado horas para sair de casa, mesmo sabendo que o céu podia desabar, mas com 30 graus, achámos que não ia acontecer. 

Problema: aconteceu. 

Ainda assim, e como o concerto dos Justice (a ÚNICA banda que me ia fazer aguentar chuva) estava marcado para a uma da manhã, mais coisa menos coisa, estávamos prontos para abalar para o recinto, Uber marcado e tudo!

MAS!!!!! a questão é que: 1) choveram picaretas, 2) houve trovoada "como deve ser" para quem gosta, para mim, houve trovoada (e eu quero morrer)), e, mesmo assim, só por volta das 8 da noite é que a organização resolveu publicar no Instagram um aviso: não ia haver Justice. 

Crentes, ainda achámos que se ia resolver. Até que, depois lá saiu uma outra publicação dizendo que o palco estava escangalhado. Agora a questão é: escangalhado por causa da chuva? (esquisito, dado que em 13 Primavera Sound choveu quase sempre nem que seja um bocadinho...) ou escangalhado porque se queimaram os fios todos (e como diria a Concertina: ficou tudo frito...), como aconteceu no ano passado a meio do concerto dos New Order? (A meio do Blue Monday, mega gargalhadas, como se supõe sempre que eu conto isto).

Ainda não sabemos de nada de concreto. 

Da mesma forma que ainda não sabemos se amanhã (ou daqui a bocado, que este texto sai depois das 6 da tarde, para ser mais certa), vai haver Pulp (que, sendo cabeças de cartaz, não tem direito ao palco principal, sem percebermos porquê...). 

Então, do que poderia ter sido um brilhante dia de festival, ainda que com chuva, destaco o brilhante concerto dos The Last Dinner Party (que vi na RTP Play...). E destaca-se a expectativa de haver Pulp. Ou de, pelo menos, sabermos o que se vai passar.

Se estou irritada? Estou. Como dizia alguém nos comentários de um qualquer post do Instagram ou do X: que tivessem posto os Justice a tocar na Anémona de Matosinhos, ou qualquer coisa que fosse parecido com isso, porque quando até a banda diz que estava pronta, e que o problema não foi deles...

Enfim. Esperaremos por um dia (frio) melhor que o de hoje enquanto repomos energia. Com a esperança de que os senhores do Primavera Sound percebam que, às vezes, mais vale manter um festival pequeno e a funcionar, do que achar que cabe lá metade do mundo e que, com chuva ou sem, com calor ou com frio, haja um palco (que era o mais fixe de sempre), que tenha deixado de funcionar porque "não aguentou o peso do material dos Justice".

Até amanhã.
Chavininha. 

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