"Waves", o despojado (e cativante) novo single de Niamh Regan


Para este final de tarde, a minha escolha recai em "Waves", o mais recente single da cantautora irlandesa Niamh Regan (sobre quem já falei aqui), canção retirada do seu novo disco "Come As You Are".

É um álbum cheio de vulnerabilidades e de introspeção, relacionável, dúvidas e incertezas sobre relacionamentos e a vida em geral. E oferece-nos um som de «banda ao vivo» rico e vibrante, que eleva a intensidade das composições, muitas delas momentos de intimidade pura.

"Waves" é uma dessas canções, que, eu confesso, me desarmou à primeira escuta.


É uma composição crua e emocional, com o seu início despojado, onde a voz de Niamh, num registo suave, preenche o espaço por entre os acordes de piano. Nesse momento, há proximidade e intimidade, e é impossível não nos rendermos.

Pouco a pouco, a canção cresce, em orquestração e em luminosidade, com arranjos de cordas brilhantes, e um ritmo que é cadenciado mas também pulsante. O suave dá lugar ao exuberante, a sensação intimista transforma-se em algo imponente.

Nada soa ao acaso, mas, ao mesmo tempo, tudo se revela sem esforço. O instrumental delicado exibe arranjos de cordas gloriosos e texturas quentes e comoventes, enquanto nos deixamos cativar pela voz de Niamh, que é, para mim, absolutamente arrebatadora. Ao longo da canção, encontramos-lhe emoção, proximidade, vulnerabilidade, numa interpretação melódica e deveras desarmante.

"Waves" tem em si uma dimensão introspetiva e reconfortante. É etérea mas também é mundana, é serena mas também é apaixonada, é calma mas também é inquieta. E é perfeita para ouvir quando mais precisarmos de nos deixar levar pelas emoções.

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