"Capital Machine", o desafiador novo single dos Casino Havana


Para esta tarde, a escolha recai nos britânicos Casino Havana, o projeto de Joe Speight, Travis King, Ollie Greenwood, Ben Greenwood e Isaac Godfrey, que se estrearam com "Now Or Never", trazendo consigo uma sonoridade rock com influências punk, letras incisivas, guitarras estridentes e fervorosas e linhas de baixo e de bateria pujantes.

Depois de "All for Nothing" e "Bite the Blues", eis a frenética "Capital Machine", que destaco hoje, que é «um discurso disfarçado de canção, sobre os ricos cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres».


De ambiente enérgico e instigador, este novo single é uma crítica assertiva ao capitalismo e às suas consequências. Mais do que isso, é uma canção de intervenção, uma composição que pretende acordar o povo e fazê-lo reagir e lutar por um futuro melhor. 

Não se estranha, por isso, a produção contundente e aguerrida. O instrumental é eletrizante, descontraído e vivo, oferecendo-nos uma bateria potente e riffs tensos que servem na perfeição a letra que apela à mudança e, até, à insurreição. A interpretação chega-nos inconformada, urgente e frontal, por meio de harmonias vocais fervorosas mas sem soarem demasiado agressivas. Se nos versos encontramos notas de desilusão e de desassossego, o refrão torna-se um momento de pura libertação. E é repetido até à exaustão, como um mantra que desperta e que incita à ação.

"Capital Machine" é uma canção que é de intervenção, é certo, mas, para mim, é mais do que isso. É um hino que apela a uma revolução, a uma revolta da sociedade para mudar um sistema que já deu o que tinha a dar. E é para ouvir sempre que precisarmos de acordar o nosso lado mais rebelde .

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