"Fast", o enigmático novo single das Bad Flamingo


A fechar esta Quarta-feira, eis "Fast", o mais recente single das Bad Flamingo, sobre quem tenho falado aqui inúmeras vezes. A composição leva-nos de volta ao mundo encantado e misterioso da dupla, tão cinematográfico quanto arrojado, onde o contemporâneo e o rústico convivem lado a lado sem esforço e sem medos.

É, sem dúvida, uma composição sedutora e cheia de vida, que, assumo, me conquistou à primeira escuta.


Em "Fast", o ambiente é urgente e visceral. Sente-se nas notas de música e nas harmonias vocais, espaçadas mas ao mesmo tempo bem marcadas, na batida cadenciada que traz um toque de dramatismo à composição, com guitarra e banjo em diálogo intricado, apenas rompido por um refrão tenso, que vai ganhando mais e mais força à medida que a canção avança.

A produção soa cristalina, com todos os elementos perfeitamente equilibrados, criando um ambiente que desperta os sentidos. A orquestração é vibrante, com texturas que se revelam lentamente permitindo-nos apreciar cada uma, mas, mais uma vez, são as harmonias vocais que, para mim, fazem toda a diferença. Enigmática, sedutora e com um sentido de melodia e de intenção irrepreensíveis, a interpretação das Bad Flamingo é «a cereja no topo do bolo».

"Fast" é uma peça incrível da dupla norte-americana que, a cada canção, expande o seu som mantendo a aura misteriosa e a dimensão nebulosa e sonhadora que lhes associamos. Mais do que «simples» composições, as Bad Flamingo oferecem-nos, como já disse anteriormente, uma experiência sensorial absolutamente extasiante. E esta, tal como as restantes canções, é para ouvir sempre que precisarmos de descomprimir.

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