"Monotonie", colorido e vibrante, eis o novo single dos RasgaRasga

 
Créditos: Karl F. Degenhardt


Na sua bio, os RasgaRasga afirmam ser «pura energia». E, após ter escutado o seu novíssimo single "Monotonie", não há como contrariá-los.
Oriundos de Köln, na Alemanha, o grupo é composto por 6 músicos, 12 instrumentos, 4 idiomas e múltiplas emoções. A sua música leva-nos numa viagem por lugares coloridos e reluzentes, onde domina a alegria e a comunhão. E "Monotonie" encaixa perfeitamente nessa premissa; é, afinal, uma canção pela liberdade e pela alegria, apelando não só a uma vida quotidiana menos cinzenta, mas ansiando também pelo fim do confinamento.

"Monotonie" colou assim que começou a tocar. É imediata, com uma veia pop incontornável, mas há qualquer coisa de tradicional, de popular e até de world music no seu som, que me parece absolutamente cativante.


Com uma batida constante, bateria, baixo, banjo e violino criam um ambiente envolvente e harmonioso, por entre o qual irrompe, a espaços, uma melódica em tons menores, quase como um lamento, numa espécie de dicotomia entre a sensação de conforto e o desejo de mudança. [nota máxima para a produção, tão bem cuidada, e para a melodia, tão bem construída]

A voz maravilhosa e suave de Daria Assmus move-se livremente pela paisagem sonora, magnética e apaixonante, ora evocando a melancolia, ora o sonho de forma irrepreensível - e, não, o facto de cantar em alemão não me condicionou; aliás, não me recordo, assim de repente, de uma música recente que exemplifique tão bem o conceito de «música sem fronteiras».

O refrão é orelhudo, o ambiente é dinâmico e divertido e, por isso, não é de estranhar que os tenha imaginado no palco da Eurovisão a fazer um brilharete. "Monotonie" é uma canção cheia de cor, de boas energias e de harmonia, que, apesar do seu tom melancólico, deixa no ar um rasgo de esperança e de luz .

E é para ouvir, com o volume alto, sempre que precisarmos de sorrir.

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