"The Fairmount Sessions", as canções dos Arliston revisitadas


O destaque deste fim de tarde vai para os britânicos Arliston, sobre quem já tenho escrito por aqui e que lançaram o EP "The Fairmount Sessions", uma sessão ao vivo do último EP "The Ground Might Disappear".

Para esta sessão, convidaram os amigos Jazzi Bobbi (saxofone) e Max Doohan (rítmica). O resultado é ainda mais maravilhoso do que se poderia pensar, tal é a energia, a sintonia, a simbiose, a emotividade.


Não há muito que possa dizer sobre estas canções que já não tenha escrito anteriormente. É sabido que gosto muito dos Arliston e que as suas canções tocam constantemente cá em casa. Confesso, no entanto, que não imaginei que pudessem soar ainda mais intensas e emocionalmente poderosas. Mas os rapazes conseguiram-no.

Em todas elas, há vulnerabilidade, há sentimento. Irradiam luz em cada nota, e não há como não sentir algum tipo de comoção. A voz de Jack chega-nos em interpretações desarmantes, belissimamente amparadas pelas exímias orquestrações. Em "The Ground Might Disappear", por exemplo, já de si um original maravilhoso, a linha de saxofone soa ainda mais incrível, irrompendo pelo instrumental suave de forma absolutamente recompensadora.

"Centre" surge despojada, com as texturas à flor da pele, o maravilhoso piano no centro de tudo, culminando num minuto final tão só arrepiante. "Mountaineer", com um arranjo para piano e voz, traz a emoção para primeiro plano; "Camomile" é, de todas, a que me soa instrumentalmente abundante, ganhando uma dimensão exuberante e mais luminosa com a entrada do saxofone.

Contas feitas, se dúvidas houvesse em relação à qualidade musical dos Arliston, elas desfazem-se perante a gravação de "The Fairmount Sessions". Escusado será dizer que o EP tem rodado em repeat nos últimos dias, e tenho a certeza que continuará a fazer parte das minhas escolhas por muitos mais.

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