Eis "What A Time To Be Alive", o novo single dos The Mellons
Sucedendo à estreia com "So Much To Say" em outubro do ano passado, "What a Time to Be Alive" é o segundo single dos norte-americanos The Mellons, o projeto de Andrew Beck, Rob Jepson, Dennis Fuller e Ian Francis.
Uma melodia soalheira e harmonias vocais melancólicas surgem envoltas em arranjos sinfónicos mas com groove. A produção vintage e os pózinhos psicadélicos, lembrando os anos 60/70 conferem um charme especial ao seu trabalho.
Ora ouçam (e prestem atenção ao vídeo que é delicioso!).
"What A Time To Be Alive" evidencia influências dos Beach Boys, num registo mais suave. Há exuberância na paisagem sonora, graças a instrumentos cuidadosamente interligados, mas é a melancolia que impera.
A graciosidade da composição melódica encontra par perfeito nas vozes calmas e saudosas de Andrew e Rob. O ambiente pode parecer contido, mas emana luminosidade em cada nota de música e em cada acorde. Os riffs de guitarra reluzem, o baixo ampara e a bateria chega cadenciada. A espaços, liberta-se. Os seus beats inconstantes pontuam cirurgicamente a canção, contribuindo para lhe dar (mais) vida. O trompete, qual intruso inesperado, alegra sem medos o compasso.
"What A Time To Be Alive" é uma canção muito bem construída e produzida, soando ao mesmo tempo despretensiosa e rica. Tem em si o dom de nos fazer perder nela e, por isso, é para ouvir sempre que precisarmos de espairecer a mente e descontrair.
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