Debris Discs de regresso com "The Worst Sight That I've Ever Seen"


O segundo destaque do dia vai para "The Worst Sight That I've Ever Seen", o mais recente single de Debris Discs, projeto de James Eary sobre o qual já falei aqui. A canção fará parte do disco "Post War Plans" previsto lá mais para o fim do ano, inspirado em cartas escritas pelo avô de James durante a Segunda Guerra Mundial.

É uma canção cheia de ritmo mas com um toque sombrio e introspetivo, que tem qualquer coisa de encantador.
Ora ouçam:


Confesso que não entrou à primeira escuta, muito por culpa de teclados com notas dissonantes que pincelam o ambiente. Têm o seu quê de agressivo, mas ao mesmo tempo de reluzente, evocando bem a dicotomia da letra e da própria composição musical.

A batida e a linha de baixo entranham-se logo em nós, impelindo-nos a bater o pé em compasso, mas é a voz de James, plena de sensibilidade, tão suave quanto aguerrida, muito expressiva como sempre, que prende a atenção - e a audição - ao longo da canção.

O refrão irradia energia e brilho, cadenciado e fluído, mas bem acentuado, em contraponto com o resto da canção. E os instantes finais são a cereja no topo do bolo, uma espécie de explosão colorida que tem tanto de sombra quanto de luz.

"The Worst Sight That I've Ever Seen" é uma canção que «primeiro estranha-se, depois entranha-se». Que nos vai conquistando a cada nova audição. Oferece-nos texturas contrastantes mas harmoniosas, perfeitamente equilibradas que lhe conferem tanto de otimismo como de melancolia. E é para ouvir com o volume alto, sempre que precisarmos de descomprimir.

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