"Farmhand", o complexo e cativante novo single dos KEG

 
Créditos: Katie Allen

O destaque desta tarde vai para o coletivo britânico KEG, do qual fazem parte Albert Haddenham (voz), Joel Whitaker (baixo), Will Wiffen (synths), Frank Lindsay (guitarra), Jules Gibbons (guitarra), Charlie Keen (trompete) e Johnny Pyke (bateria), cada um com formação musical e influências distintas.

O EP de estreia, "Assembly", conta com 5 temas: "Presidential Walk", explosivo q.b., "Breaking Rocks", "Heyshaw, o single de estreia, guiado por uma linha de baixo tremenda, "Farmhands" e "Kilham". O disco é tão divertido quanto inteligente, demonstra uma paixão e um entusiasmo tremendos pela composição de canções, e uma sonoridade que se aproxima do post-rock contemporâneo, pulsante e acutilante, sem esquecer uma espécie de necessidade intemporal de harmonia.

"Farmhands" é, para mim, um dos melhores exemplos disso mesmo. É uma canção animada e vibrante, com tanto de cacofonia como de sinfonia, complexa, errática também (com mudanças inesperadas), cheia de detalhes, de texturas, de camadas. Mas não lhe falta groove, nem harmonia.


Nela, encontramos guitarras distorcidas mas pulsantes, uma bateria pujante, sintetizadores inseguros, rasgos certeiros de trompete que irrompem pelo ambiente em crescendo constante, e claro, uma interpretação vocal incrível, com teatralidade e amplitude que só nos pode deixar de sorriso largo no rosto.

"Farmhands" é uma canção frenética, excitante, livre, com notas de improviso cuidadosamente colocadas. E o som dos KEG é, no mínimo, intrigante. Como, por vezes, a música tem mesmo de ser, para nos manter em sentido.

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