"Le Bruit" e "Lumio", o som pujante dos Turquoise


Fechamos o dia ao som dos belgas Turquoise que me chegaram aos ouvidos com "Le Bruit", uma canção sombria mas vibrante que me conquistou assim que a ouvi. Vem acompanhada de um lado B, "Lumio", mostrando-nos duas faces da mesma moeda.

À primeira escuta, nota-se logo a qualidade exímia na produção. Tanto num caso como no outro, o trabalho é cristalino. As paisagens sonoras soam cheias, com camadas que se vão entrelaçando, fundindo e equilibrando. E isto sem nunca lhes perdermos o rasto.

O som dos Turquoise é denso e fluído ao mesmo tempo, intenso e muito apetecível. Seja ele mais enérgico e imediato, como em "Le Bruit" ou mais subtil como em "Lumio".


Mas vamos por partes.

"Le Bruit" é uma canção em que baixo e sintetizadores medem forças por entre uma batida pujante e riffs de guitarra impacientes. As harmonias vocais trazem equilíbrio ao ambiente, tão aguerridas quanto melódicas, mas é o refrão, no seu todo, que se destaca. Luminoso e pulsante, irrompe pela canção como se fosse um raio de sol, animando o espírito de quem ouve.

Já "Lumio" tem o seu quê de introspetivo e onírico. Pelo menos até à entrada impetuosa do primeiro refrão, mais uma vez contrariando o tom mais suave e noturno dos versos. Aí, parece ganhar uma força anímica extra, que se prolonga até ao fim da canção. O instrumental soa vivo e dinâmico, com texturas intensas e inquietas e um ritmo convidativo; e o minuto final, épico, deixa quem ouve completamente deslumbrado.

"Le Bruit" e "Lumio" são duas grandes canções, ponto. São diferentes, mas, ao mesmo tempo, complementam-se, trazendo ao de cima a sonoridade ampla e envolvente da banda belga. São para ouvir com o volume no máximo e os Turquoise um nome para manter debaixo d'ouvido, sem sombra de dúvida.

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