"Picky Eaters", o bonito regresso dos The Psychedelic Birthday Party

 

Os The Psychedelic Birthday Party, o projeto de Kevyn van der Linden e Jeroen Verstappen, sobre o qual já falei aqui, estão de volta com "Picky Eaters", canção que funde elementos alternativos dos anos 90 e um indie mais melancólico, e que é, segundo os autores, «um hino para aqueles que vivem e amam durante as dificuldades e encontram uma conexão mais profunda uns com os outros ao fazê-lo».

É uma canção que tem tanto de intimista como de poderoso, que me entrou logo no ouvido.


A suavidade e a riqueza da paisagem sonora envolveram-me de imediato. Harmonias bem construídas, com o seu quê de etéreo, vão fluindo canção fora amparando o reluzente piano clássico de Niels Veron. A voz de Kevyn, quase sussurrada e deliciosamente acompanhada por backvocals de Vera Aben, confere uma dimensão ainda mais onírica ao ambiente.

Há, nos acordes e nas palavras, nostalgia, dor e escuridão. Mas há também pinceladas de luz, aquele raio de sol que teima em irromper pelas nuvens carregadas, como que evocando um lado mais romântico e esperançoso.

É notória, em todas as notas de música, a qualidade do duo na composição e na produção, oferecendo-nos uma peça eximiamente equilibrada, meiga na forma mas intensa no conteúdo.


"Picky Eaters" é uma canção poética, com a dose certa de emoção e de melancolia. É, para mim, também calorosa e reconfortante, e é para ouvir sempre que o coração se sentir mais inquieto. 

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