"ABBA", o catártico novo single (e EP) de Daniella Binyamin

 


Para este início de tarde, a minha escolha recai em "ABBA", tema-título do EP de estreia de Daniella Binyamin, sobre quem já falei aqui. O disco é um retrato pessoal e emocional escrito após o fim de um relacionamento numa tentativa de compreender, de aceitar e de diminuir o turbilhão de emoções em si. É, por isso, um trabalho com tanto de esperança como de devastação, de liberdade e de convicção, humano e honesto.

Ora ouçam:


"Toothpaste Kisses" e "Out Of Fuel" continuam a rodar na minha playlist, muito por lhes encontrar ânimo e catarse em cada nota. As restantes canções - a apetecível "Grand Hotel", a emotiva "Trying" e a comovente e luminosa "All That's Good" - vão revelando novas valências do talento de Daniella e o caminho em direção à cura mas é sem dúvida "ABBA", o tema que abre o disco que resume todo o EP.

É uma canção tão enérgica quanto melancólica, perfeita para chorar na pista de dança e exorcizar as dores da alma, que não deixa ninguém indiferente.


Não sei se será uma homenagem à banda sueca, mas sinto que "ABBA" capta perfeitamente o espírito das suas canções, lembrando-nos do poder da música, da alegria e da energia contagiante que pode trazer às nossas vidas quando mais precisamos.

Os primeiros acordes ecoam pelo ambiente, provocando uma sensação de nostalgia misturada com a energia do presente. A voz maravilhosa de Daniella irrompe pela melodia envolvente, transportando-nos para um mundo de harmonias vibrantes e sensações intensas. Por entre sintetizadores reluzentes, teclas calorosas e uma secção rítmica cheia de ginga e absolutamente irresistível, Daniella conduz-nos numa viagem emocionante e libertadora, pulsante e sentida que nos impele a "deitar tudo cá para fora".

"ABBA", o disco, é um trabalho cativante e autêntico, tão empoderador quanto vulnerável. E o seu tema-título é um dos seus destaques maiores, um hino de descompressão, uma composição vibrante e sobretudo catártica que me parece perfeita para ouvir com o volume no máximo sempre que precisarmos de espantar os males. 

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