"Eisenhower", o enérgico e vibrante novo single dos The Long Faces


O destaque deste fim de tarde vai para o quinteto londrino The Long Faces, que regressou às canções depois de um hiato de quase três anos com "Eisenhower", uma canção sobre "impulsos conflitantes, sobre a tensão entre desejos nostálgicos e progressistas, e as possibilidades que surgem ao confrontar ambos ao mesmo tempo".

Evocando bem a temática, a canção traz consigo um som sombrio, cinematográfico, dinâmico e declarativo, que é tudo menos imediato.
Ora ouçam:


Confesso que não foi amor à primeira escuta.
Não tanto pela voz, que me deixou logo em sentido, mas pela paisagem sonora, qual caos harmonioso ou, se calhar, harmonia caótica.
Foi preciso dar-lhe tempo e espaço para se revelar e crescer.
E ainda bem que o fiz.

"Eisenhower" é uma canção crescente, com uma energia incrível. Feita de harmonias complexas que ganham vida e intensidade através de um ambiente orquestral, é também uma canção de contrastes, que conferem à canção o seu charme e o seu equilíbrio.

Acordes dissonantes convivem lado a lado com texturas calorosas; arranjos de violino e teclas enérgicos entrelaçam-se numa batida pulsante, insaciável e forte; e uma interpretação expressiva, teatral e distinta, operática até, encontra na melodia de laivos folk o seu par perfeito. É, sem dúvida, uma composição vibrante, cheia de garra e de paixão, que eleva as expectativas para o que aí vem.

E é para ouvir com o volume no máximo, pois claro.

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