"Miracle" e outras canções, eis os Gardening
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| Créditos: Liam Prior |
O segundo destaque do dia vai para os britânicos Gardening, o projeto de Niall Rush (voz/guitarra/piano), Olivia Horrox (bateria), Adam Smith (guitarra) e Mikey Burton (baixo/voz). Lançaram há dias o novo EP, "Viewfinder", uma coleção de canções vivas e com o seu quê de épico e de arrojado - quanto mais não seja porque algumas das músicas têm mais de 4 minutos, mas, verdade seja dita, em momento algum, isso soa demasiado.
"1977" foi o primeiro tema a ser conhecido, uma das canções épicas e aguerridas do EP. É notória a intensidade crescente, o contraste entre tensão e libertação, a energia das vozes. Em "Relapse", o single seguinte, revela-se uma miscelânea de géneros, que tornam a composição dinâmica e entusiasmante, um ritmo muito apetecível que não deixa ninguém indiferente, e um refrão que apetece cantar a plenos pulmões.
"Miracle" é a terceira amostra do EP, e provavelmente a mais soft, mas, antes de continuar, uma breve nota sobre "Vanishing" e "Said Too Much".
Ambas refletem o som enérgico e bem construído dos Gardening, com refrães orelhudos, guitarras ao alto e secções rítmicas pulsantes e, quando necessário, pujantes também. E, claro, interpretações seguras e expressivas, versáteis q.b., encaixando sem esforço nos diferentes ambientes, que vagueiam e mudam de direção sem aviso.
"Miracle", o mais recente single, é a canção que fecha o EP. E com chave de ouro, diga-se. É uma canção menos urgente, mais descontraída talvez, mas não menos cativante. É luminosa e animada e oferece-nos não só uma orquestração harmoniosa e um beat fluído, como uma interpretação mais leve e mais suave, demonstrando a amplitude sonora da banda.
Contas feitas, "Viewfinder" é um EP cheio de energia, de intensidade, de determinação que expõe a evolução dos Gardening nestas coisas da música. O seu som está mais denso, mais explosivo e catártico e, por isso, este trabalho parece-me perfeito para ouvir sempre que precisarmos de descomprimir e recuperar o fôlego.
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