"Amsterdam", o novo EP de The Patch para momentos de recolhimento


De regresso aqui ao blog, está o cantautor austríaco Simon Schlager, com o seu projeto The Patch, sobre o qual já falei aqui. "Amsterdam" é o nome do novo EP, que inclui 5 canções de aura folk, onírica e atmosférica, com pozinhos rock, certeiros por sinal.

Ao longo de 16 minutos e qualquer coisa, The Patch oferece-nos uma banda sonora para momentos de introspeção, de relaxamento, de quietude.
Ora ouçam.


"Amsterdam", o tema título, e "No Quite Right" foram as duas canções que me chegaram aos ouvidos e conquistaram-me de imediato. A primeira tem uma abordagem mais folk, a fazer lembrar os primeiros anos de Bon Iver, com uma guitarra suave e segura que acompanha na perfeição a voz etérea de Simon e que vai ganhando mais intensidade a cada compasso. A segunda tem mais energia, ou talvez uma energia mais vincada, nos acordes e no ritmo, mas é o crescendo, cortesia de arranjos vibrantes, que conferem maior charme a "No Quite Right".

"Oceans" traz consigo a serenidade de um passeio à beira-mar, com texturas ondulantes, que se entrelaçam e criam um ambiente pleno de conforto e de vida. "Pieces" mantém o registo caloroso, com uma linha de guitarra que nos conduz canção fora enquanto a voz de Simon nos prende a cada palavra. O solo de guitarra elétrica irradia luz e força, rasgando o ambiente e enchendo-o de intensidade para logo depois sermos novamente amparados pela maravilhosa voz.

A fechar, "Stones", cujo riff de guitarra elétrica, deveras magnético, traz o apontamento roqueiro ao trabalho de The Patch. Não lhe falta sensibilidade ou envolvência. Aliás, é uma canção que emana tranquilidade e aconchego, à semelhança das restantes, mas oferecendo-nos um ambiente mais despojado que é absolutamente encantador.

Contas feitas, "Amsterdam", o EP, traz-nos canções reconfortantes, que aquecem a alma e o coração, perfeitas para uma noite fria de outono como as que temos sentido por estes dias. Nota-se, em todas elas, um trabalho muito bem feito na construção das paisagens sonoras meditativas. As harmonias vocais, por seu lado, enquadram-se perfeitamente nos diferentes ambientes. Têm tanto de distante quanto de próximo, tão expressivas quanto oníricas, soando sempre apaziguadoras, por entre as harmonias "cozy" e calorosas.

É, por isso, um disco que puxa à introspeção, à meditação, à calma interior, pelo que me parece perfeito para ouvir quando mais precisamos de um refúgio da confusão do dia-a-dia.

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