"Shadow Games", o envolvente single de estreia de Tom Willow
O segundo destaque do dia vai para "Shadow Games", o envolvente single de estreia do britânico Tom Willow, escrito durante o confinamento e que explora a temática de abraçarmos a nossa "sombra" psicológica, de encontrar e reconhecer partes de si mesmo que estão escondidas. Como se só assim pudéssemos ser plenamente livres.
De aura acústica, "Shadow Games" é uma canção muito bem construída. Nota-se, em cada momento, o cuidado na produção e na forma como todas as camadas e texturas se encaixam e se entrelaçam, criando um ambiente rico e reluzente, com crescendos e variações que nos fazem sorrir.
Guitarra, piano e arranjos de cordas absolutamente maravilhosos fazem-se acompanhar por uma linha de percussão suave e cadenciada; em conjunto, servem de «cama» para a bonita voz de Tom Willow. A sua interpretação é, para mim, sem sombra de dúvida, o elemento maior desta canção. Num registo muito expressivo, cheio de sentimento e de intenção, guia-nos pela história, que termina em tons de consonância.
"Shadow Games" é uma canção em tons melancólicos mas, ao mesmo tempo, pincelada por texturas luminosas. Traz consigo conforto e segurança, pelo que é a canção perfeita para ouvir quando nos sentirmos inquietos.
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