Eis "Monogamy", o lado mais profundo dos Lanterns


O segundo destaque do dia vai para "Monogamy", o mais recente single dos britânicos Lanterns, sobre quem já falei aqui algumas vezes. A composição mostra um lado mais despojado e vulnerável da banda de Lancashire, sem deixar de lado o som a que já nos tem habituado, melódico e fresco, pontuado por notas de melancolia, que lhe conferem um certo charme.

É, sem dúvida, uma composição sentida que, eu confesso, entrou-me logo no ouvido.


Nota máxima para a interpretação de Dominic, provavelmente uma das mais fortes que lhe ouvi, despojada, intimista e muito envolvente, algures entre o despedaçado e o conformado. Não lhe falta sentido de melodia, intenção e, sobretudo emoção, prendendo-nos - e guiando-nos - do primeiro ao último momento.

A melodia, bem construída e calorosa, serve-lhe de amparo. A linha de guitarra ecoa pelo ambiente, num registo quase de assinatura, viva e orgânica, em parelha perfeita com o baixo descontraído e, claro, a bateria cadenciada. Tudo flui sem esforço, uma paisagem sonora que tem tanto de intensa quanto de suave e que (me) parece evocar o turbilhão de emoções provocado pela complexidade de manter um relacionamento monogâmico num mundo de tentações e de distrações.

"Monogamy" é (mais) uma canção incrível dos Lanterns, que espelha bem a qualidade do seu trabalho e, também, o seu crescimento enquanto banda. E é para ouvir a qualquer hora do dia ou da noite.

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